Introdução:

A dengue é considerada uma das doenças mais devastadoras em todo o mundo com 40% da população vivendo em áreas de transmissão e uma das mais relacionadas ao clima.

Objetivo:

Determinar a incidência da variabilidade climática na infestação pelo mosquito Aedes aegypti e o aparecimento da dengue na província de Guantánamo no período 2017-2019.

Método:

Realizou-se uma investigação descritiva retrospectiva longitudinal, onde o universo foi constituído por 9 municípios e 10.221 casos suspeitos de dengue. As variáveis estudadas foram: infestação em armazéns por mosquitos Aedes aegypti de acordo com a estação climática, taxa de risco de arbovirose de acordo com estratos, casos de dengue, temperatura e precipitação. Os dados foram obtidos dos registos meteorológicos mensais e do Departamento de Estatística do Centro Provincial de Higiene, Epidemiología y Microbiología. Foram utilizadas frequências absolutas e relativas, média, desvio padrão e coeficiente de correlação de Pearson.

Resultados:

A temperatura média anual variou 1°C, os valores médios de umidade relativa e precipitação diminuíram e impactaram todos os estratos. A infestação aumentou com a maior taxa de risco de dengue no estrato climático de savana tropical, razão de taxa 0,63 (IC 95%: 0,59-0,67) P=0,000. Temperatura e precipitação tiveram a maior relação de associação linear com infestação de dengue e taxa de risco com coeficiente de correlação linear R2=0,9 e R2=0,8.

Conclusões:

A variabilidade climática exerce efeitos favoráveis na infestação por Aedes aegypti e na transmissão da dengue durante a estação chuvosa, com correlação significativa em todos os estratos.

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