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Revista Ciencias Técnicas Agropecuarias

versión On-line ISSN 2071-0054

Rev Cie Téc Agr vol.32 no.2 San José de las Lajas abr.-jun. 2023  Epub 13-Mar-2023

 

ARTIGO ORIGINAL

Avaliação do nível de mecanização da fazenda Aldeia Nova

0009-0000-4804-6612Mário Alfredo AlbinoI  , 0000-0001-6593-8583Alain Ariel de la Rosa-AndinoII  *  , 0000-0002-9028-5024Fernando do Souza NetoII  , 0000-0003-0466-3840Manuel Octávio Isaac SpinolaII  , 0000-0001-7456-1490Yoandrys Morales TamayoIII 

IGabinete Provincial de Agricultura e Pescas do Cuanza Sul, Dpto. de Vigilancia Epidemiológica Animal e Vegetal, Sumbe, Angola.

IIInstituto Superior Politécnico do Cuanza Sul, Dpto. de Ciências Agrárias, Ambiente e Pescas, Sumbe, Província. Cuanza Sul, Angola.

IIIUniversidad Técnica de Cotopaxi, Facultad de Ciencias de la Ingeniería y Aplicadas, Dpto. Ingeniería Electromecánica, Extensión La Maná, Ecuador.

RESUMO

A mecanização agrícola desempenha um papel primitivo na produção dos alimentos sua implementação adequada requer conhecer os indicadores que incidem em seu desempenho. O objetivo da presente investigação foi avaliar os principais índices de mecanização da fazenda Aldeia Nova do Município da Cela. Para isso a execução do estudo consistiu em uma investigação do tipo descritiva não experimental, a qual foi divida em duas partes. A primeira consistiu em efetuar uma coleta de dados com o pessoal que atende a exploração do parque de máquinas e tractores, sua manutenção e reparação assim como, a produção. Posteriormente foram determinados os indicadores de mecanização para o qual se seguiram as recomendações metodológicas estabelecidas por vários autores. Dentro dos resultados ressaltam os valores de a relação tractores por hectares (0,008 tract ha-1), a relação potência média por tractor (108,86 kW tract-1), a relação máquinas por tractor (2,05), a relação hectares cultiváveis por tractor (126,5 ha tract-1) e a relação de hectares cultiváveis por colheitadeira (631,25 ha col-1) magnitudes que se comportaram fora do estabelecido. Finalmente, avaliou-se o nível de mecanização da fazenda Aldeia Nova mediante os índices estabelecidos para isso, e se comprovou que o mesmo é baixo, pois apesar de que o valor da potência disponível por hectare (0,86 kW ha-1) é superior aos 0,75 kW ha-1 estabelecido na literatura especializada, o resto dos indicadores apresentaram magnitudes desfavoráveis. A exceção dos indicadores de assistência técnica.

Palavras-Chave: maquinaria agrícola; tractor, colhedoras, potência, disponibilidade

INTRODUÇÃO

A mecanização agrícola é para o mundo, o mecanismo para desenvolver a agricultura e a resposta certa para a necessidade de se atender a demanda gerada pelo aumento populacional dos homens na sociedade e dos animais em criação. Assim mesmo, os benefícios da mecanização que atraem mais atenção dos agricultores são a oportunidade das operações de campo, alta eficiência, produtividade e redução dos trabalhos pesados (Pérez de Corcho et al., 2017).

Sendo então, um processo da agricultura que requer de um sistema de programação do trabalho e de controle da atividade tanto dos indicadores produtivos, como dos econômicos, técnicos, tecnológicos que permita incrementar sua eficiência (Herrera et al., 2011).

Na mecanização agrícola se diferenciam três níveis (humano, animal e motriz) considerando a fonte energética que empregue (Shkiliova et al., 2014; Daum e Birner, 2020; Gavino et al., 2020) adicional a isto se deve mencionar a incorporação de sensores, drones e robô, como o mencionam Marinoudi et al. (2019); Franco et al. (2020) que permitiram a otimização dos recursos, considerando-se este como um novo nível. O trator por sua variabilidade é o símbolo principal para medir o índice de mecanização, cujo cálculo emprega informação básica da área de produção (Magalhães et al., 2013; Sharifi e Taki, 2016; Kumar e Tripath, 2019).

A nível internacional se efetuaram várias investigações com a finalidade de diagnosticar o nível de mecanização agrícola. As mesmas se desenvolveram mediante os cálculos estabelecidos para sua futura planificação, tendo como premissa o conhecimento da quantidade de superfície de solo agrícola que se dispõe e da produção que se deseja obter. Para desta forma, poder tomar as decisões de forma correta (Gutiérrez et al., 2018; Macías et al., 2018; Rodríguez e Orbegoso, 2018; Loor et al., 2019; Hernández et al., 2020; Llano, 2021; Aragundi e Pacheco, 2022).

Entretanto, não se apreciaram evidências de publicações científicas que em Angola e especificamente na província da Cuanza Sul tenham efetuado estudos com a finalidade de diagnosticar ou avaliar o nível de mecanização das empresas de produção agropecuária. Só se evidencia o reporte realizado pelo Gutiérrez et al. (2018), o qual referiu que em África existe uma estimativa de 0,6 tratores para cada 100 hectares.

A fazenda Aldeia Nova (S. A.) conta com variado parque de máquina agrícolas e tratores, que tem a finalidade enfrentar as tarefas mecanizadas, humanizando o trabalho, além de aumentar a produtividade e o rendimento das diferentes culturas que ali se desenvolvem. Entretanto, apesar de contar com tecnologia moderna e pessoal qualificado no ramo da mecanização, não se encontraram evidências que demonstrem de que levam o controle dos diferentes indicadores de mecanização da fazenda. Esta é uma deficiência que não permite a realização de uma correta planificação da exploração do parque de máquinas e tratores e do plano de produção, nem de realizar uma valoração de se com a técnica disponível é possível cumprir de forma racional as tarefas mecanizadas. Tendo em conta o anteriormente exposto desenvolve-se a presente investigação que teve como objetivo avaliar os principais índices de mecanização da fazenda Aldeia Nova do Município da Cela.

MATERIAIS E MÉTODOS

Localização e caracterização da Fazenda Aldeia Nova

A investigação foi desenvolvida na fazenda Aldeia Nova-Waco Kungo S.A. A mesma têm como objetivo principal a produção agropecuária, indústria e comércio, situada na rua direita da Kissanga, está localizada na cidade do Waco Kungo, município da Cela, província do Cuanza-Sul, Angola.

Diagnóstico do nível de mecanização da fazenda Aldeia Nova

Para a avaliação do diagnóstico da fazenda Aldeia Nova foram determinados os indicadores de mecanização para o qual se seguiram as recomendações metodológicas estabelecidas por: Jróbostov (1977); Garrido (1989); González (1993); Azoy et al. (2016) referidas aos fundamentos da exploração e manutenção do parque de tratores e máquinas.

Tratores por hectares (Nth)

Nth=NttThp (1)

onde:

Ntt :

é o número total de tratores

Thp :

é o total de hectares de solo cultivado com e sem mecanização

Potência média por trator ( Nmt )

Nmt=NcNtt (2)

onde

Nc

é a potência em kW

Ntt

é o número total de tratores

Potência disponível por hectare ( Nd ) ou índice de mecanização (IM)

Nd=NcThp (3)

onde:

Nc :

é a potência em kW

Thp :

é o total de hectares de solo cultivado com e sem mecanização

Relação máquinas por trator (Ri.t)

Rit=Total de máquinas para tractoresTotal de tractores (4)

Relação de hectares cultiváveis por trator (Rha.t)

Rhat=Superficie cultivaveisTotal de tractores (5)

Relação de hectares cultiváveis por colhedoras (Rha.c)

Rha.c=Surficie cultiváveisTotal de colheitadeira (6)

Disponibilidade técnica (DISP)

DISP=PaPt*100 (7)

onde:

Pa

é o parque ativo

Pt

é parque total

Preparação técnica ( εpt )

εpt=nbest*Dbestnb*Dc (8)

onde:

nbest :

é o número médio de máquinas em bom estado técnico durante o período laboral

Dbest :

são os equipes em bom estado

nb :

é o número médio de tratores durante o período

DC:

é o total de equipes

Aproveitamento do parque ( τapr.par )

τapr.par=Dtr.rDtr.p10 (9)

onde:

Dtr.r

é a soma dos dias-máquinas realmente trabalhando no período

Dtr.p

é a soma

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tratores por hectares

A tabela 1 apresenta os valores dos indicadores que caracterizam o nível de mecanização da fazenda Aldeia Nova. Para a relação de tratores por unidade de superfície de solo Nth cultivável com e sem mecanização, obteve-se um valor de 0,008 trator ha-1. Resultado este que se cataloga de baixo, pois nos indica que a quantidade de tratores que apresenta a fazenda para enfrentar as tarefas agrícolas é insuficiente. Esta magnitude também é inferior ao valor reportado por Gutiérrez et al. (2018) que é de 0,25 trator ha-1 foi para a região de São Pablo Atotonilco. A diferença entre os resultados obtidos na presente investigação e os apresentados por este autor é a quantidade de hectares de solo cultivável que em nosso caso é de 2 525 ha.

TABELA 1 Indicadores do nível de mecanização da fazenda Aldeia Nova 

N th (tract haº1) N mt (kW tract-1) N d (kW ha-1) R it Rhat (ha tract-1) R ha.c (ha col-1) D tec (%) ε pt (%) τ apr.par (%)
0,008 108,86 0,86 2,05 126,5 631,25 75 76 84

N th : tratores por hectares, N mt : potência média por trator N d : potência disponível por hectares R it : máquinas por trator Rhat: hectares cultiváveis por trator R ha.c : hectares cultiváveis por colhedora D te : disponibilidade técnica ε pt : coeficiente de preparação técnica τ apr.par : coeficiente de aproveitamento do parque.

Potência media por trator

Quanto à magnitude que relaciona a potência media por trator Nmt ), o resultado foi de 108,86 kW tract-1 (Tabela 1). Resultado que se considera baixo, pois treze tratores do total (60 % dos tratores) tem uma potência inferior a esta magnitude. O valor potência média por trator obtida nesta investigação supera os 61,14 kW tract-1 reportados por Larqué et al. (2012). Resultado condicionado pelos valores da potência que apresentam os tratores da fazenda Aldeia Nova, (82,02 até 171,51 kW). Magnitudes superiores às reportadas pelo Larqué et al. (2012), pois em sua investigação os tratores que foram inspecionados não superavam os 74,57 kW.

Potência disponível por hectare

A relação de potência disponível por hectare ( Nd ) obtida é de 0,86 kW ha-1 (Tabela 1). Resultado este que pode ser considerado como satisfatório pois Gaetan (2007) citado por Sánchez et al. (2014), referem que este indicador deve ser de 0,75 kW ha-1. Estes resultados estão a cima dos referidos por Rodríguez e Orbegoso (2018) assim como Llano (2021), os quais reportaram valores de 0,24 kW ha-1 e 0,12 kW ha-1 respectivamente (Figura 1).

Este nos indica que a fazenda apresenta um índice de mecanização superior que a muitas regiões de América Latina e inclusive, países como o Peru. Entretanto, este último para apresentar um índice de mecanização que não é 0,75 kW segundo Gaetan (2007) citado por Sánchez et al. (2014), quer dizer que é baixo. Possui os mais altos rendimentos para os principais cultivos como o arroz, o milho e o cana de açúcar. O qual está negando a tese sustentada por investigadores que mantêm que a maior nível de tecnologia de mecanização corresponde os maiores rendimentos.

FIGURA 1 Potência disponível por hectare. 

Por outro lado este indicador é inferior (Figura 1) a os valores referidos por Sharifi e Taki (2016); Gutiérrez et al., 2018; Loor et al. (2019); Aragundi e Pachecho (2022). Isto se deve a que a investigação efetuada por estes autores se demonstra que os tratores que se utilizam para enfrentar as tarefas agrícolas, apresentam potência superior à necessária por unidade de superfície a trabalhar ou trabalhada. Mesmo assim, o valor obtido para este indicador é bom.

Relação máquinas por trator

A relação máquinas por trator (Rit) teve como resultado 2,05 (Tabela 1). Esta magnitude se cataloga de baixa conforme o referido por autores como Negrete (2011); Macías et al. (2018), pois estes investigadores referem que este indicador deve estar compreendido entre 4 a 7. Este parâmetro se comportou por debaixo dos reportados por Gutiérrez et al. (2018); Macías et al. (2018) e Hernández et al. (2020), com magnitudes de 3,31; 3,82 e 4,59 máquinas por trator.

FIGURA 2 Relação máquinas por trator. 

Relação hectare por trator

A magnitude da relação hectare por trator ( Rhat ) determinada é de 126,5 ha tract-1 (figura 3), cifra que é elevada se considera que a FAO (2011) reporta que este indicador deve estar ao redor dos 50 ha tract-1. Este resultado nos indica que para poder enfrentar as tarefas agrícolas nos 2 525 hectares de solo que apresenta a fazenda é necessário comprar mais tratores ou alugar estes. Outro Larqué et al. (2012); Gutiérrez et al. (2018); Loor et al. (2019) e Hernández et al. (2020) determinaram este indicador. Os valores reportados por eles são iguais 10,96; 12,4; 48,8 e 13,08 ha tract-1 respectivamente. Resultados que se encontram por debaixo e próximo ao máximo reportado pela FAO (2011) que é de 50 ha tract-1. Entretanto, nesta investigação o valor deste indicador ultrapassa as magnitudes encontradas por estes autores e a FAO, o que indica que este indicador não é bom sendo a superfície a trabalhar maior que a quantidade de tratores.

FIGURA 3 Relação hectares cultiváveis por trator. 

Relação colhedoras por superfície de solo cultivável

De igual forma se comporta a relação colhedoras por superfície de solo cultivável ( Rha.c ) com uma magnitude de 631,5 ha col-1. Este resultado indica que a quantidade de colhedoras que apresenta a fazenda também é insuficiente para enfrentar a superfície total de solo cultivável. Por isso a direção da fazenda deve considerar adquirir novas colhedoras no mercado ou alugar a prestação de serviço a outras empresas. O valor obtido para este indicador está mais de dez vezes por acima das 50 ha tract-1 estabelecidos pela FAO (2011). Isto indica que o número de colhedoras é insuficiente para enfrentar os processos de colheita.

Disponibilidade técnica e preparação técnica

Para o caso da disponibilidade técnica o valor obtido é de 75%. Esta magnitude se pode dizer aceitável, pois Pérez (2006); Zingg (2009) referiram que este coeficiente deve oscilar entre 70 a 90%. O que indica que apesar das avarias técnicas ocorridas, a administração gere de forma aceitável os insumos e peças de reposição que se requerem. Em nosso caso se pode apreciar na Figura 4a) que o valor obtido (75%) é semelhante ao reportado por Azoy et al. (2016). Mas comportou-se por debaixo do valor reportado pelo Macías et al. (2018) que foi igual aos 78%. A pesar de que o valor dito é inferior, o mesmo se considera aceitável já que se encontra no mesmo intervalo mencionado por outros autores.

FIGURA 4 Assistência técnica à maquinaria. a) Disponibilidade técnica e b) preparação técnica. 

Preparação técnica

O coeficiente de preparação técnica ( εpt ) determinado é de 76% (Figura 4 b), o qual é baixo, pois. Jróbostov (1977) referiu que os valores de parâmetro devem oscilar em um intervalo compreendida entre 85 a 95%. Evidenciando-se que se devem fazer uma boa gestão para manter a maioria dos tratores em bom estado. De igual forma que a disponibilidade técnica o coeficiente de preparação técnica obtido (76%) está por debaixo do reportado por Macías et al. (2018) que foi de 87% (Figura 4 b).

Aproveitamento do parque

O coeficiente de aproveitamento do parque apresentou um valor de 84%. Considerando-se este resultado como aceitável, devido a que o mesmo se encontra dentro da faixa (80 - 95%) reportada pelo Gutiérrez et al. (2007). Resultado superior ao reportado por Macías et al. (2018) que é de 77% (Figura 5). Este resultado indica que a gestão do aproveitamento do parque de máquinas e tratores é melhor que a efetuada no estudo dos anteriores autores. Estes referem que este baixo resultado se deve a que os dias máquinas trabalhados realmente trabalhados estivessem por debaixo dos dias máquinas planificadas. A causa atribui às equipes que ficaram inativos e por não contar com a peça de reposição para realizar o trabalho de reparação das mesmas.

FIGURA 5 Aproveitamento do parque. 

CONCLUSÕES

  • O nível de mecanização da fazenda Aldeia Nova é baixo, apesar do valor da potência disponível por hectare (0,86 kW ha-1) é superior aos 0,75 kW ha-1, valor limite estabelecido na literatura, porém o resto dos indicadores apresentaram magnitudes desfavoráveis. Excetuando os indicadores relacionados com a assistência técnica e aproveitamento do parque que embora não são altos, encontram-se dentro do intervalo.

  • Os indicadores de mecanização sob as condições reais de trabalho da fazenda permitem afirmar que, a relação hectares por trator é elevada com um valor de 126,5 ha tract-1 comportando-se por acima das 50 ha tract-1 estabelecidas, e o 60% dos tratores estão por debaixo dos 108,86 kW tract-1 de potência media o que indica que para cumprimentar as tarefas há reorientar o planejamento do parque de tratores ou alugar seu serviço.

  • A relação máquinas agrícola por trator não supera as duas alfaias por trator, o qual limita a utilização plena do trator em um ciclo agrícola das culturas tais como milho, soja e sorgo

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Recebido: 15 de Setembro de 2022; Aceito: 13 de Março de 2023

*Autor correspondente: Alain Ariel de la Rosa-Andino, alainariel41@gmail.com

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