Introdução:

As atividades de enfermagem no cotidiano hospitalar envolvem horários em turnos. Sendo assim, o conflito na sincronização dos ritmos biológicos, tem implicações diretas no ciclo vigília/sono. Os horários irregulares dos turnos pode conflitar-se com os ritmos biológicos e com os hábitos sociais para convivência com familiares e amigos, assim como originar prejuízos para a saúde e a qualidade de vida social dos trabalhadores.

Objetivo:

Avaliar a qualidade de vida e a qualidade do sono dos enfermeiros nos turnos hospitalares.

Métodos:

Estudo de natureza quantitativa, de corte transversal, descritivo e analítico. Participaram 104 enfermeiros de um Hospital Universitário. Os dados foram coletados de janeiro a setembro de 2015, por meio dos seguintes instrumentos: Questionário de Informações Pessoais e Profissionais, Índice de qualidade de sono de Pittsburgh e Questionário de WHOQOL-Bref.

Resultados:

Em todos os índices de qualidade do sono, os dados mostraram percepção melhor para trabalhadores do diurno quando comparados aos do noturno. A qualidade de vida em todos os domínios para o grupo diurno foi melhor que aqueles que trabalhavam no noturno (p=0,024).

Conclusão:

Os enfermeiros que trabalhavam no diurno apresentaram qualidade de sono e de vida melhor que os profissionais que atuavam no noturno. É necessário que os dados fornecidos na pesquisa levem aos gestores hospitalares a notar a necessidade de bem-estar dos enfermeiros em relação ao trabalho em turnos e à jornada do serviço, para que prestem um atendimento de qualidade.