Introdução:

o suicídio tem antecedentes que remontam à própria existência do homem, variando suas características de acordo com a época, a cultura e a estrutura socioeconômica, pois são condicionados pelas diferentes valorações que se dão no nível religioso, filosófico, intelectual ou popular.

Objetivo:

identificar os fatores de risco associados ao comportamento suicida em adolescentes de 9 a 14 anos internados no Bayamo Children's Hospital, de janeiro a dezembro de 2016.

Métodos:

foi realizado um estudo caso-controle retrospectivo. O universo foi composto por 182 adolescentes e a amostra após aplicação dos critérios de inclusão e exclusão para 58 casos e 116 controles, foram utilizados os estatísticos pertencentes à estatística descritiva e inferencial, o teste Qui-quadrado de independência foi aplicado para determinar a associação entre as variáveis com nível de confiança de 95% e significância α=0,05.

Resultados:

ser mulher aumentou em 18 vezes a probabilidade de tentar suicídio com um (OR=18,897; IC=7,788-45,974; p=0,000), o histórico de doenças crônicas multiplicou por quase 5 a probabilidade de realizá-lo comum (OR = 4,739). ; IC= 1,677-13,392; p= 0,003), o divórcio dos pais aumentou a probabilidade em 14 vezes (OR= 14,146; IC= 6,585-30,386; p=0,000), a história de suicídio por filhos também aumentou 7 vezes ( OR=7,516; IC= 2,934-19,257; p= 0,000), disfunção familiar e/ou violência significativa (OR=7,412; IC=3,222-17,047; p=0,000); da mesma forma o desempenho acadêmico com um (OR= 9,145; IC=3,992-20,948; p=0,000).

Conclusões:

o sexo e o divórcio dos pais apresentaram relação estatisticamente significativa e aumentaram o risco de tentativas de suicídio dos pacientes, e a idade, história de doenças crônicas e história familiar de suicídio aumentaram o risco de tentativa de suicídio. O modelo de regressão logística permitiu identificar a associação desses fatores de forma independente.

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