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Revista Cubana de Enfermería

versión On-line ISSN 1561-2961

Rev Cubana Enfermer vol.32 no.4 Ciudad de la Habana oct.-dic. 2016

 

ARTÍCULO ORIGINAL

 

Significado da modalidade de preceptoria no âmbito da residência multiprofissional em saúde num Hospital Universitário

 

Significado de modo tutoría dentro de la residencia multiprofesional en salud en un hospital universitario

 

Meaning of the advisorship mode within the multi-professional residence in health at a university hospital

 

 

Cosme Sueli de Faria PereiraI; Cláudia Mara de Melo TavaresII

I Hospital Escola São Francisco de Assis. HESFA/Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil.
II Universidade Federal Fluminense/UFF. Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

 

 


RESUMO

Introdução: o exercício da preceptoria é uma construção coletiva que se dá sempre com base em encontros, aposta-se que, nesse encontro, o preceptor opere como mediador e facilitador entre o estudante e o usuário dos serviços.
Objetivo: apresentar os significados da preceptoria no âmbito da residência multiprofissional em saúde num Serviço Ambulatorial Especializado em HIV/AIDS de um Hospital Universitário.
Métodos: pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa, do tipo etnográfico à luz do referencial teórico de Edgar Morin. Os participantes desta pesquisa foram os docentes, preceptores, e residentes que exercem atividades assistenciais e de ensino no referido Serviço Ambulatorial Especializado em HIV/AIDS do Hospital em tela, que fica localizado no estado no Rio de Janeiro, no Brasil, que estavam em atividade regular acadêmica no período definido para coleta de dados.
Resultados: os significados de preceptoria encontrados tais como: acompanhar e orientar os residentes; promover a troca de saberes; processo de ensino e aprendizagem e interlocução entre o ensino e a assistência.
Conclusões: em consonância com o pensamento de Edgar Morin, devemos nos unir contra a fragmentação. Assim, tanto os residentes como os profissionais formadores, ao integrarem teoria com a prática, constroem possibilidades reais para atender às necessidades de saúde da população.

Palavras-chave: preceptoria; enfermagem; HIV; ensino.


RESUMEN

Introducción: la práctica de la tutoría es una construcción colectiva que se da siempre en reuniones, apostando a que, en esa reunión, el preceptor opere como mediador y facilitador entre el estudiante y el usuario de los servicios.
Objetivo: presentar los significados de tutoría bajo la residencia multiprofesional en salud en consulta externa de VIH / SIDA en un hospital universitario.
Métodos: enfoque cualitativo descriptivo, el etnográfico basado en el marco teórico de Edgar Morin. Los participantes en este estudio fueron los maestros, preceptores y residentes que participan en actividades caritativas y educativas en ese servicio para pacientes ambulatorios en el Hospital del VIH / SIDA en la pantalla, que se encuentra en el estado de Río de Janeiro, Brasil, que eran activos período académico regular definida para la recolección de datos.
Resultados: en los significados de tutoría se encontraron: supervisar y guiar a los residentes, promover el intercambio de conocimientos, la enseñanza y el proceso de aprendizaje y el diálogo entre la educación y la asistencia.
Conclusiones: en línea con el pensamiento de Edgar Morin, tanto los residentes como los entrenadores profesionales debemos unirnos contra la fragmentación para integrar la teoría con la práctica y construir posibilidades reales que satisfagan las necesidades de salud de la población.

Palabras clave: tutoría; enfermería; VIH; enseñanza.


ABSTRACT

Introduction: Advisorship involvement is a collective construction that always takes place in meetings, aiming for the preceptor in that meeting to operate as a mediator and facilitator between the student and the user of services.
Objective: Present the meanings of advisorship under multi-professional residence in health for HIV/AIDS outpatient consultations in a university hospital.
Methods: Qualitative, descriptive approach, the ethnographic based on the theoretical framework by Edgar Morin. The participants in this study were the teachers, preceptors and residents who participate in charity and education activities in that service for HIV/IADS out-patients at the Hospital on the screen, located on the state of Rio de Janeiro, Brazil, who were active in the regular academic period defined for data collection.
Results: Among the meanings of advisorship we found: supervising and guiding the residents, promoting the interchange of knowledge, teaching and the learning process, and the dialog between education and health care.
Conclusion: In line with Edgar Morin's thinking, both of us residents and profesional trainers must join together against the fragmentation, in order to integrate praxis and theory and construct real possibilities to meet the health needs of the population.

Keywords: advisorship; nursing; HIV; teaching.


 

 

INTRODUÇÃO

Formar é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas.1 É preciso que os profissionais sejam altamente qualificados, capazes de desenvolver socialmente uma constante criação, difusão, transferência, adaptação e aplicação do conhecimento.2

Isso condiz com o papel do enfermeiro no acompanhamento de residentes no Hospital de Ensino, onde a prática e o desenvolvimento técnico são enfatizados. Porém, é necessário saber como o processo de aprendizagem está sendo construído e se há fragmentação dos conhecimentos, desarticulando a teoria da prática e distanciando o verdadeiro papel educativo do preceptor.

O preceptor se caracteriza como o profissional que não tem a função necessariamente acadêmica, a sua função seria a inserção e socialização dos recém-graduados no ambiente de trabalho.3 O preceptor deve ainda ter no mínimo três anos de experiência na área de aperfeiçoamento ou uma titulação acadêmica de especialização ou residência.4

Segundo à Portaria 1000/05 do Ministério da Saúde, a mesma indica que cabe ao preceptor a função de supervisão docente-assistencial, sendo aquele que exerce as atividades de organização do processo de aprendizagem e orientação aos estudantes.5

A preceptoria deve ser realizada por profissionais assistenciais com embasamento teórico pedagógico que sustente esses atores nessa prática de mediação de articulação do conhecimento teórico prático do residente a aprendizagem significativa.6

O exercício da preceptoria é uma construção coletiva que se dá sempre com base em encontros, quais sejam: entre aqueles que demandam conhecer sobre sua saúde/vida- o usuário; entre aqueles que demandam a respeito de determinado processo de saúde e de adoecimento individual e/ou coletivo- o estudante e aquele que visa ou facilita esse processo cognoscível- o preceptor.7

Aposta-se que, nesse encontro, o preceptor opere como mediador e facilitador entre o estudante e o usuário dos serviços, qualificando e aumentando a potência do agir em saúde. Tais encontros que se dão por meio do trabalho cotidiano nos consultórios, nas enfermarias, nas reuniões de grupo com a equipe e/ou usuários potencializam as investigações acadêmicas.7

Mesmo com o avanço da prática e da preceptoria na Enfermagem, existem barreiras que separam o acadêmico da realidade nos cenários de estágio. A principal ainda é a função do preceptor, que por vezes não atua como um agente facilitador, mas como um mero transmissor de informações, o que nos remete a uma educação bancária,1 e em muitos casos, tornando-o tendencioso nos questionamentos, impondo conceitos e opiniões próprias.

Instrumentalizar futuros profissionais constitui um desafio não só para os hospitais de ensino, mas também para todos os profissionais envolvidos nesse processo. Afinal, mudanças envolvem pessoas, valores, culturas e, especificamente no campo da saúde e da educação, envolvem também questões ideológicas, sociais, econômicas e históricas, e as instituições educativas têm um papel fundamental para o desenvolvimento de tais competências.8

Embora as ações de formação para o SUS estejam cada vez mais presentes nas agendas dos Ministérios da Saúde e da Educação, ainda são frágeis e incipientes as iniciativas que privilegiem ações centradas na qualificação permanente dos formadores de profissionais de saúde e educação. É necessário que esses formadores estejam aptos a capacitar as habilidades adequadas às exigências da carreira profissional, a ser exercida com responsabilidade e curiosidade científica, e que lhes permita recuperar a dimensão essencial do cuidado: a relação entre humanos.9

Isso demonstra que é preciso considerar como as preceptorias estão sendo desenvolvidas, afinal, é o preceptor que vai auxiliar na construção ou desconstrução da postura de aprendizado do residente, quanto a sua especificidade técnica, que pode ir ou não ao encontro do embasamento teórico aprendido. Assim, para ensinar, não basta ter o domínio do conhecimento, deve-se também considerar como ensinar, e isto implica em formação pedagógica.10

A preceptoria de residência multiprofissional num setor especializado requer dos profissionais que ali atuam requisitos que vão além da qualificação específica. Com isso, o presente estudo tem como objetivo apresentar os significados da preceptoria no âmbito da residência multiprofissional em saúde num Serviço Ambulatorial Especializado em HIV/AIDS de um Hospital Universitário.

 

MÉTODOS

Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo etnográfico.

Participaram do estudo todos os preceptores que estavam em atividade regular acadêmica no período definido para coleta de dados, ou seja, no momento eram cinco profissionais da saúde que atuam como preceptores na Residência Multiprofissional do Serviço Ambulatorial Especializado em HIV/AIDS do HESFA- Instituto de Atenção à Saúde São Francisco de Assis, localizado no município do Rio de Janeiro- (RJ) Brasil. Foram excluídos profissionais que estavam usufruindo as férias, profissionais em licença prêmio e profissionais de licença médica no período da coleta.

Os profissionais de saúde que atuam como preceptores na Residência Multiprofissional do Serviço Ambulatorial Especializado em HIV/AIDS, cadastrados junto ao Ministério da Educação neste setor, são das seguintes categorias profissionais: um (1) médico, dois (2) Enfermeiros, um (1) Assistente Social e um (1) Psicólogo. A coleta de dados ocorreu no período de abril a junho de 2014. Para o desenvolvimento da coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: observação participante e a entrevista semiestruturada. Os dados obtidos foram analisados através da análise de conteúdo e interpretados à luz do Referencial Teórico de Edgar Morin.11 O objetivo da Análise do Conteúdo é realizar uma reflexão geral sobre as condições de produção e apreensão da significação de textos produzidos nos mais diferentes campos. Ela compreende técnicas de pesquisa que permitem, de forma sistemática, a descrição das mensagens e das atitudes atreladas ao contexto da enunciação, bem como as inferências sobre os dados coletados.12 Os aspectos éticos do estudo foram atendidos e aprovados sob o número do parecer 576.714. Cada participante da pesquisa está identificado por uma cor.

 

RESULTADOS

A partir dos dados coletados, compreendendo o resultado das entrevistas dos participantes do estudo, bem como leis, portarias, literatura utilizada para a discussão dos achados, apresentamos os seguintes resultados emergentes das falas dos participantes, e nos remete a conteúdos que apresentam os significados da preceptoria no âmbito da residência multiprofissional em saúde conforme figura.

Neste contexto, podemos perceber que diferentes significados foram dados a essa atividade, considerando a singularidade que cada preceptor faz através de suas falas que originaram a possibilidade de conceituar o que representa a ação de Preceptoria no respectivo cenário do estudo.

O conceito da preceptoria em residência multiprofissional em saúde foi visto como compreensão da necessidade de acompanhar e orientar os residentes em um processo de ensino e aprendizagem, visando à troca de conhecimentos teóricos e práticos, entre quem ensina e quem aprende por meio da interlocução.

Preceptoria como acompanhar e orientar os residentes

"É acompanhar os residentes que vem ao SAE para orientá-los em relação às Consultas de Enfermagem junto com os outros profissionais que fazem parte do SAE e mostrando a clientela que temos aqui." (Laranja)

"É (pausa) significa você acompanhar o profissional que está em formação e, na medida do possível, você passar um pouco da sua experiência para eles, falar um pouco das dificuldades do serviço, dos ganhos, das perdas também, a nível profissional e a nível pessoal." (Azul)

Preceptoria como processo de ensino e aprendizagem

"Significa estar participando também de um processo de aprendizado, que nós participamos aqui, para tentar ajudar os novos profissionais que estão chegando e, é isso que significa. Eu acho que é um aprendizado mútuo." (Verde)

A fala da participante torna evidente o quanto à residência multiprofissional em saúde é compreendida como uma estratégia de ensino-aprendizagem, onde o preceptor tem papel fundamental de acompanhamento, de demonstrar através de exemplos e experiências, de avaliação e de formação a esses novos profissionais.

Preceptoria como troca de conhecimentos teóricos e práticos

"A preceptoria é uma parte do nosso trabalho, que não é só técnico. Assistência é orientar os alunos, os residentes, os internos ou quem quer que seja que passe por aqui no intuito de aprender. Aprender na prática com aquilo que a gente faz, então eu acho que o preceptor tem esse papel de transmitir a experiência do que faz para o aluno que está chegando." (Amarela)

É importante também ressaltar que o processo ensino-aprendizagem no campo do HIV/AIDS deve valorizar a compreensão do humano por meio da vivência do indivíduo com o vírus, pois isto proporciona a oportunidade de analisar e discutir com quem realmente vive a situação, exigindo dos residentes abertura para o novo, para a reflexão e para a busca por novos saberes e significados, de modo a construir uma assistência integral à saúde dessa parcela da população.

Preceptoria como interlocução entre o ensino e a assistência

Destaca-se que, apenas um preceptor apontou a importância da interlocução entre a academia e a assistência em saúde, conforme a sua fala abaixo:

"... A preceptoria significa uma interlocução. É fundamental entre a academia e a assistência em saúde, acho que é isso. É o grande laço. A grande questão da preceptoria é fazer essa interlocução da formação acadêmica com a assistência..." (Vermelha)

Nesta fala, observamos a importância que a entrevistada Vermelha deu a preceptoria quando aborda a interlocução enquanto laço entre a formação acadêmica e a assistência em saúde.

 

DISCUSSÃO

Assim sendo, a Residência Multiprofissional em Saúde busca contemplar a junção das várias áreas do conhecimento, favorecendo a proposta da Política Atual de Saúde, que é formar através de estratégia de intervenção coletiva para a produção de alterações nas condições de trabalho, utilizando estratégias pedagógicas que superem a mera transmissão de conhecimentos.13

Diante dessa análise, ressaltamos as falas das preceptoras Azul e Verde, que traduzem a necessidade de acompanhar os residentes com o intuito de desenvolver o processo de ensino e aprendizagem de forma conjunta, numa comunicação dialógica que estimule o pensamento crítico dos residentes, para que possam atuar profissionalmente respeitando os princípios técnicos, éticos e científicos na área da saúde.

Assim, entende-se que formação é um exercício indissociável de experimentação, convívio da troca entre sujeitos em condições reais e concretas do cotidiano dos serviços. É exatamente a qualidade e intensidade desta troca que garante bons processos de formação.14,15

Neste contexto, identifica-se o quarto e o quinto saber de Edgar Morin, quando diz que devemos Ensinar a identidade terrena no século XXI (a era planetária exige um pensamento policêntrico nutrido das culturas do mundo) e enfrentar as incertezas ligadas ao conhecimento. Velhas certezas já não servem mais e prevalece a incerteza do conhecimento (ilusão e erro) conforme fica evidenciado com o cotidiano dos serviços, que fazem acompanhamento de novos casos de AIDS.

De acordo com Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde/2011, os dados em relação à contaminação do vírus do HIV tanto no sexo masculino quanto no feminino, vêm aumentando, modificando o panorama inicial dos casos notificados desde o ano de 1980.

Relacionando este constructo com a temática da formação para o atendimento às necessidades de pessoas com HIV/AIDS, isto implica em sensibilizar e educar desde os graduandos, sobre os valores essenciais de um cuidado mais humanizado em relação aos indivíduos com HIV/ AIDS. Esses valores estão relacionados à solidariedade, a não discriminação e o respeito pelo outro.16

De modo coletivo, encara-se um momento crucial na epidemia global do HIV/AIDS assinalado pela necessidade de modificações de atitude da sociedade, maior proteção em todos os grupos sociais, aplicação das diretrizes políticas e terapêuticas, enfrentamento das barreiras sociais e estruturais para o diagnóstico e os cuidado, bem como estigma e discriminação associados ao HIV, que constituem grandes desafios.17

Neste contexto, identifica-se que o cenário do estudo é um atrativo para o aprendizado tanto do residente como para o profissional que atua trocando saberes entre clientes, equipes multiprofissionais e residentes, através da busca constante do que vem acontecendo no processo saúde versus doença no campo da AIDS.

Na atualidade, o índice de morbidade e mortalidade vem diminuindo por meio dos avanços nas áreas de pesquisas com seres humanos, através dos avanços da indústria farmacêutica e da prestação de assistência em saúde, tanto física como psicológica, possibilitando o conhecimento nas áreas de ensino, diminuindo os mitos e crenças sobre a patologia.

Neste contexto, identificamos o segundo saber de Jacques Delors18 - Aprender a fazer (para poder agir sobre o meio envolvente), aspecto que é de vital importância numa Residência e que deve ser um treinamento em serviço, subsidiado pela teoria. Nesta conjuntura, tanto os residentes como os profissionais formadores, ao integrarem teoria com a prática, constroem possibilidades reais para atender às necessidades de saúde da população.

Assim sendo, interpreto em consonância com o pensamento de Edgar Morin, onde diz que devemos juntar as mais variadas áreas do conhecimento, contra a fragmentação. Para que o conhecimento seja pertinente, a educação deverá tornar evidente o contexto e o global. O ser humano é multidimensional: biológico, psíquico, social e afetivo. A sociedade contém dimensões históricas, econômicas, sociológicas, religiosas.

Em conclusão, em consonância com o pensamento de Edgar Morin, devemos nos unir contra a fragmentação. Assim, tanto os residentes como os profissionais formadores, ao integrarem teoria com a prática, constroem possibilidades reais para atender às necessidades de saúde da população.

Assim sendo, evidenciamos que os preceptores compreendem a preceptoria como uma possibilidade de interlocução entre ensino e assistência, onde o processo de ensino e aprendizagem acontece de forma natural, no sentido de acompanhar esses residentes no cotidiano do serviço transmitindo-lhes a própria experiência e também aprendendo, dando continuidade à sua educação permanente.

Os preceptores que tiveram oportunidade de fazer capacitação pedagógica ou vivenciaram experiências didáticas, têm possibilidades de interagir com o residente sobre as questões surgidas no momento do atendimento, incentivando-o a protagonizarem suas ações no contexto da interdisciplinaridade.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Recibido: 2015-11-02.
Aprobado: 2016-02-02.

 

 

Cosme Sueli de Faria Pereira. Enfermeira. Mestre. Mestrado profissional em Ensino na Saúde na Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (UFF). Dirección electrónica: cosmehesfa@yahoo.com.br

 

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