Introdução:

No Brasil, uma lista contendo 71 ervas medicinais foi divulgada pelo Ministério da Saúde com intuito de conduzir pesquisas e desenvolvimento de fitoterápicos para uso no Sistema Único de Saúde.

Objetivo:

Avaliar in vitro a atividade antimicrobiana de extratos de ervas medicinais sugeridos pelo Ministério da Saúde para utilização no Sistema Único de Saúde frente a bactérias orais.

Métodos:

Os extratos vegetais selecionados estavam na forma de óleo essencial (Eucalyptus globulus, Mentha piperita e Schinus terebinthifolius) ou tintura (Erythrina mulungu, Casearia sylvestris e Maytenus ilicifolia) e foram avaliados sobre Streptococcus mutans (ATCC 25175), S. oralis (ATCC 10557) e S. salivarius (ATCC 7073). Realizou-se o teste de difusão em ágar com confecção de poços e adição de 50 μL dos extratos. Após 48 h em estufa bacteriológica, os halos de inibição foram medidos através de paquímetro. Para determinação da concentração inibitória mínima e da concentração bactericida mínima, realizou-se a técnica de microdiluição em microplacas e de esgotamento, respectivamente. A concentração inibitória mínima correspondeu a menor diluição na qual se verificou ausência de crescimento bacteriano visível. O controle positivo utilizado foi Clorexidina 0,12 %. Todos os testes foram realizados em triplicata e analisados descritivamente.

Resultados:

O extrato de Maytenus ilicifolia apresentou halos de inibição discretamente maiores aos demais produtos. Erythrina mulungu apresentou a menor da concentração inibitória mínima frente S. mutans (2,81 mg/mL) entre as tinturas e Mentha piperita (9,00), entre os óleos essenciais. Erythrina mulungu e Mentha piperita foram os únicos extratos que apresentaram concentração bactericida mínima frente às cepas utilizadas.

Conclusão:

Os extratos vegetais apresentaram atividade antimicrobiana frente a microrganismos orais destacando Mentha piperita e Erythrina mulungu.

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