Introdução:

a resistência bacteriana é a epidemia silenciosa do século XXI. Dentro desse fenômeno, é importante destacar aquele que ocorre com os beta-lactâmicos; portanto, é urgente a implementação de mudanças drásticas nos padrões atuais de uso desses antimicrobianos, assim como novas estratégias para sua inovação.

Objetivo:

determinar o comportamento da resistência bacteriana ao meropenem e à ceftriaxona em pacientes atendidos no Hospital Geral de Ensino Pediátrico "Luis A. Milanés" no período de maio de 2016 a maio de 2018.

Métodos:

foi realizado um estudo observacional analítico prospectivo na área da saúde correspondente ao Hospital Geral de Ensino Pediátrico "Luis A. Milanés", no período de maio de 2016 a maio de 2018. A amostra foi composta por 265 cepas isoladas e identificadas. Foi realizada revisão dos prontuários dos pacientes internados no período do estudo para obtenção das informações necessárias.

Resultados:

predominou a faixa etária de 1 a 11 meses. A permanência hospitalar e o tratamento antimicrobiano prévio foram estatisticamente associados à resistência bacteriana. A urocultura predominou e E. coli foi o microrganismo mais resistente durante o período de estudo. A área de serviço hospitalar mais representativa foi a sala de febre.

Conclusões:

a idade não apresentou associação estatisticamente significativa com a resistência bacteriana. Foi encontrada associação entre a internação hospitalar e o tratamento antimicrobiano prévio com a resistência bacteriana a esses antimicrobianos. O tipo mais representativo de amostra biológica foi a cultura de urina. As cepas de Enterobacteriaceae isoladas das amostras apresentaram maior resistência bacteriana. A Sala Febrile foi a área de serviço que apresentou os microrganismos mais resistentes.

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