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Revista Cubana de Educación Superior

versão On-line ISSN 0257-4314

Rev. Cubana Edu. Superior vol.40  supl.1 La Habana  2021  Epub 01-Nov-2021

 

Artículo original

O Legado de Mãe Xanda no Município De Lafaiete Coutinho / Ba: gênero, identidade e o ofício de partejar

El legado de la Madre Xanda en el municipio de Lafaiete Coutinho / Ba: género, identidad y trabajo de dar a luz

0000-0002-1084-5774Paulo Roberto Nogueira Silva1  *  , 0000-0003-2716-5318Maria de Fátima A. Di Gregorio2 

1Escola Municipal José Augusto Barreto,

2UESB / UNEB, Campus V

RESUMO

Este artigo busca compreender como a parteira Alexandrina Constantina da Silva, conhecida como Mãe Xanda viveu no distrito de Três Morros no município de Lafaiete Coutinho/BA, exercendo o ofício de parteira, além de representar uma mulher de assistência marcada pelo afeto entre as famílias locais. Recorre-se aqui a metodologia da Historia Oral (HO) cruzando informações com documentos coletados em instituições locais, pois os mesmos sem dúvidas dão subsídios e suporte para a escrita do trabalho da pesquisa. Autores como Thompson (1992) mostram que a História Oral como metodologia e técnica, pode dar grande contribuição para a reconstituição da memória social, sendo necessário preservar para não cair no esquecimento. Nesse viés, analisar a permanência dos símbolos étnicos na trajetória de Mãe Xanda, reconhecida como uma mulher de matriz africana, viúva, pobre, que construiu sua identidade enfrentando os ditames de grupos hegemônicos criando estratégias de resistência.

Palavras-Chave: identidade; mãe Xanda; mulher

RESUMEN

Este artículo busca comprender cómo la comadrona Alexandrina Constantina da Silva, conocida como Mãe Xanda, que vivía en el distrito de Três Morros en el municipio de Lafaiete Coutinho / BA, ejercía la profesión de comadrona, además de representar a una mujer asistencial marcada por el afecto entre las familias locales. Aquí se utiliza la metodología Oral Historia (OH), cruzando información con documentos recolectados en instituciones locales, ya que sin duda brindan subsidios y apoyo para la redacción del trabajo de investigación. Autores como Thompson (1992) muestran que la Historia Oral como metodología y técnica puede hacer un gran aporte a la reconstitución de la memoria social, siendo necesario preservarla para no caer en el olvido. En esta perspectiva, se analiza la permanencia de los símbolos étnicos en la trayectoria de Mãe Xanda, reconocida como una mujer de origen africano, viuda, pobre, que construyó su identidad frente a los dictados de los grupos hegemónicos, creando estrategias de resistencia.

Palabras-clave: identidad; madre Xanda; mujer

INTRODUÇÃO

Mãe Xanda, uma mulher que se dedicou a ética do cuidar pela arte de partejar.1 Escrever sobre sua história é refletir sobre a trajetória e legado deixado na comunidade de Três Morros em Lafaiete Coutinho na Bahia. Contar sua história é reconstituir sua identidade na localidade, enfatizando a liderança feminina exercida entre as mulheres e reafirmando a identidade étnico-racial, de gênero e laboral de uma parteira da comunidade. Verifica-se a luta das mulheres para vencer dificuldades em uma sociedade de modelo patriarcal, de certa forma assegura a posição social entre grupos com privações de direitos. Diante de tais constatações, surge a pergunta: as heranças históricas advindas dos processos de colonização, cristalizaram posturas e olhares à essa mulher, firmando uma imagem de submissão pela própria condição de inferioridade que vem sendo atribuída às mulheres? Ser mulher negra, analfabeta e de classe social desfavorecida, seria um forte marcador para o esquecimento de suas memórias?

O fenômeno da prática de ser parteira, está arraigada no cotidiano vivido pelas mulheres mestras da cultura popular, que se reconhecem na comunidade, como seguidoras da Mãe Xanda que se tornou ícone, embora invisibilizadas por grupos hegemônicos da cidade, numa dinâmica entre lutas e resistências. Reconhecer seu legado, é adentar no campo instituído por batalhas em várias frentes femininas, buscando ser solidária para sanar carências e falta de recursos das famílias e em especial, mulheres e crianças. Mãe Xanda ficou conhecida pela luta política destinada à população desfavorecida, enveredando em espaços públicos e privados em função da de sua profissão, provendo saúde e, principalmente, cuidando da comunidade.

PERSPECTIVA TEÓRICO-METODOLÓGICA

Reconstituir a história de uma mulher parteira, cuidadora é transitar pelos caminhos da História Oral contada pela população local. E, nesse sentido, pensar e debater paradoxos existentes entre a memória coletiva e a história narrada individualmente. Halbwachs (2006, p. 29) mostra que as memórias individuais se formam a partir da relação com o outro: «recorremos a testemunhos para reforçar ou enfraquecer e também para completar o que sabemos de um evento sobre o qual já temos alguma informação». Desse modo, a análise da trajetória de vida da personalidade destacada na região pelos passos da História Oral é acrescentar informações através de quem narra as histórias de vida, ou mesmo da tradição de um povo.

Para o historiador, os documentos não existindo, as memórias ocupam espaços na historiografia, já que documento escrito deixou de ser o repositório exclusivo dos restos do passado e uma das possibilidades é recorrer às falas de quem conviveu ou ouviu falar da Mãe Xanda.

Estudos de Thompson (1992) mostram que a História Oral tem se revelado útil na reconstituição de saberes, experiências vividas no cotidiano, auxiliando na compreensão de processos históricos:

Toda fonte histórica deriva da percepção humana é subjetiva, mas apenas a fonte oral permite-nos desafiar essa subjetividade: descolar as camadas da memória, cavar fundo em suas sombras, na expectativa de atingir a verdade oculta. (p. 197).

Nesta perspectiva, referenciar as fontes orais pressupõe que elas permitem compor parte desta investigação com subsídios nas entrevistas e questionários com pessoas idosas, moradoras antigas que participaram, acompanharam ou simplesmente remetem à memória social sobre a vida de Mãe Xanda na localidade. A memória oral/social pode ser registrada por meio de entrevistas, de relatos orais que dialogam com as fontes documentais existentes no local, embora escassas.

Em relação às fontes orais, o diálogo entre a história e a antropologia colaboram com as bases teórico-metodológicas, considerando a necessidade de compreender as histórias de vida dentro de uma estrutura estruturada pela cultura que segundo Laraia (2001) é um processo acumulativo, resultante das experiências históricas das gerações anteriores. Trata-se portanto de disposições legais e pressupostos entendidos como disposições resultantes do vivido e percebido pelos grupos da comunidade em estudo.

Sendo a História Oral a principal fonte de coleta de dados utilizada e considerando que as pessoas são sujeitos da sua própria história, o dispositivo de coleta de dados foi um recurso para retratar o cotidiano. E a partir dos critérios de raça/etnia, posição na família, o legado deixado pela Mãe Xanã trouxe a outras mulheres, o exemplo e a tentativa de se aproximar dessa prática exercida pela mulher que influenciou tantas outras. Qual seria a razão desse modelo de mulher se impor numa comunidade? Seria pela forma de conduzir uma luta em favor de quem necessitava de apoio, seria a busca pela cura não só na saúde, mas espiritualmente? Era Mãe Xanda, uma mulher de ação rápida e de muitas palavras de apoio.

Estudos de Pollak (1992) mostram que no caso das pesquisas de História Oral que utilizam entrevistas, sobretudo de história de vida, é aceitável recolher memórias individuais e estas podem se cruzar com outras, tecendo uma memória coletiva. Na complementação dessa ideia, Alberti (1990) explica que a História Oral busca registrar impressões, vivências, lembranças de pessoas que se dispõem a compartilhar sua memória com a coletividade, permitindo um conhecimento do vivido de forma mais rica, dinâmica e colorida.

Histórias que, de outra forma, não seriam conhecidas, pois conta a vida de minorias invisibilizadas. A trajetória, as memórias de Mãe Xanda estão na memória de muitas pessoas, mas com o tempo tendem a serem apagadas e esquecidas.

Conforme pontua Ortiz (2006), a memória nacional e a identidade brasileira são construções simbólicas que dissolvem heterogeneidade das culturas populares na homogeneização e narrativa ideológica, assim como o Estado é a totalidade que transcende e organiza a partir de um modelo posto, pensar as identidades a partir de grupos minoritários, é buscar nas suas narrações, seus significado e experiências, tornando um desafio para quem buscar saber a história a partir de vários olhares.

Recorre-se aqui aos estudos sobre etnicidade que se referem aos grupos, ou mais exatamente aos povos e suas construções, espaços potenciais situados em um estágio preliminar de formação de consciências. Barth (1997) ressalta que:

Etnicidade é uma forma de organização social, baseada na atribuição categorial que classifica as pessoas em função da sua origem suposta, que se acha validada na interação social pela ativação de signos culturais socialmente diferenciadores. (p. 141)

O conceito de etnicidade tem um significado social, estando ligado a construções inseridas numa cultura pelos seus diversos grupos e intenções. Assim, torna próxima da noção de raça e preconceito e estes não se manifestam nas condições de isolamento, ao contrário, nas interações.

Além de ouvir as pessoas que conviveram com mãe Xanda e que contam e recontam histórias ouvidas pelas mães e avós, as histórias estão nas memórias de antigos moradores do município e estas foram colhidas através de registros que vieram a ser escritos pelas falas das colaboradoras da comunidade.

A história local utiliza fontes documentais encontradas em arquivos de familiares da Mãe Xanda, isso porque a História Oral é o procedimento que permite descobrir pistas, pois através da oralidade o pesquisador consegue angariar dados novos e importantes que não são encontrados e registrados em escritos. Thompson (1992) lembra:

[...] a história oral pode dar grande contribuição para o resgate da memória nacional, mostrando-se um método bastante promissor para a realização de pesquisa em diferentes áreas. É preciso preservar a memória física e espacial, como também descobrir e valorizar a memória do homem. (p. 17)

Ao utilizar métodos e técnicas da História Oral, a ideia é, conforme trazer a história para dentro da comunidade e extraí-la de dentro da comunidade para compreender o que de fato aconteceu. Por isso, a história oral tem se revelado útil na reconstituição de saberes, experiências vividas no cotidiano e fornece dados importantes para auxiliar na compreensão de processos históricos.

Todavia, a memória de um sujeito pode ser a memória de muitos, porque possibilita a evidência dos fatos coletivos. A memória é, sobretudo uma (re)construção do passado no presente e esta contribui também com o debate que distingue memória e história. Essa diferenciação é fundamental para a compreensão de que a memória não traz à tona os fatos vividos, mas os reconstrói de acordo com o pensamento do tempo presente. Ou seja, o que passou é reconstituído a partir das experiências que o sujeito ao contar ressignifica.

A memória tem a capacidade de adquirir, recuperar, armazenar fatos, acontecimentos, nomes de pessoas e instituições, mas há que se atentar para o fato de que não é o passado, mas a reconstituição do passado na atualidade. Por isso, Le Goff (1990) aponta o estudo da memória social como um dos meios fundamentais para se abordar os problemas do tempo e da história, conforme o caso em tela.

Além da memória, há que se pensar nos legados tradicionais que fazem com que os grupos se vejam representados no tempo pretérito. Para Hobsbawm y Terence (1984), o estudo das tradições esclarece as relações humanas com o passado, a invenção de tradições é essencialmente um processo de formalização e ritualização, caracterizado por referir-se ao passado, considerando que são transmissões de costumes, comportamentos e memórias para as pessoas de uma comunidade e fazem parte da cultura desse povo.

A MEMÓRIA E OS RELATOS ORAIS DE ANTIGOS MORADORES

Alexandrina Constantina da Silva, conhecida carinhosamente em sua comunidade como Mãe Xanda (1910-2006), foi uma mulher negra, simples, sem condições financeiras e viveu no distrito de Três Morros, posteriormente município de Lafaiete Coutinho. Na sua trajetória de vida construiu uma história de quarenta e nove anos de trabalho e é reconhecida, por alguns moradores, como uma das matriarcas mais queridas e amadas do lugar devido ao seu ofício. (Nogueira, 2004)

Portanto, o trabalho de partejar destaca a trajetória e o legado da mulher negra, pobre que a identifica como mulher exemplo pelo legado deixado na comunidade. A sociabilidades construídas por ela, as posições das hierarquias de classe, gênero e raça/etnia, interpreta os significados dos lugares sociais que foram ocupados entre o espaço público e o privado que trouxeram e realçam a identidade étnica nas memórias sobre os fazeres e saberes da Mãe Xanda. E para além desse ofício, ajudou famílias, acolheu nas horas de dificuldades e recebeu crianças que chegavam ao mundo, sem atenção e cuidados médicos adequados, por muitas décadas.

Conforme informações vindas da família, Mãe Xanda, fez tantos partos na comunidade que se fala de mil partos, encerrando suas atividades no ano de 1989, aos 79 anos de idade. Mulher de luta e resistência quando pelas tentativas de invisibilidade, resolve mudar-se para a sede do município de Itiruçu, cidade vizinha fazer o seu oficio. Mas o que realmente fez Mãe Xanda sair de sua comunidade? Contam que em razão de família, resolveu depois de dois partos na referida cidade, ficar por ali e vivenciar novas convivências. Exerceu o ofício de parteira aos trinta anos de idade e em 1940, após ficar viúva no distrito de Três Morro, já sentia dificuldades para atender as demandas locais e o constante deslocamento das parturientes até a cidade de Jequié, acabou dizimando a pratica do parto em casa.

Estudos de Abreu (2005) confirmam que as parteiras tradicionais possuem limitados conhecimentos técnico científicos, principalmente por seu trabalho encontrar-se isolado do serviço de saúde local, realizando-se em meio a dificuldades e falta de equipamentos e infraestrutura. É notório que essas parteiras desenvolvem habilidades que lhes auxiliam na resolução de problemas em partos difíceis, tais como: bebê fora da posição, sangramento e febre no parto, eclampsia, dentre outros. Mãe Xanda tinha suas técnicas para o parto natural.

Abreu (2005) ainda cita que as parteiras se preocupam com o bem-estar e o conforto da mulher que assistem, assumindo tarefas domésticas, prestando assistência marcada pelo afeto, calor humano, companheirismo, infunde confiança e segurança. Essas qualidades contribuíram para potencializar a força da mulher grávida e ajudava a conduzir o parto natural, criando um ambiente que favorecia a evolução do trabalho de uma parteira, além de recepcionar e acolher o recém-nascido.

Conforme narrações colhidas na região, após fazer o parto, Mãe Xanda mantinha um relacionamento com a família da criança e em muitos casos, chamava a parturiente de comadre e as crianças quando cresciam iam à sua casa e pedia-lhe a benção, demonstrando respeito, amor e carinho, apesar do não parentesco consanguíneo. Trata-se do parente de consideração, podendo substituir o pai ou a mãe em circunstâncias diversas. Cuidava das mulheres humildes e, na maioria das vezes, analfabetas, e era dotada do dom de partejar, ajudando dessa forma a muitas pessoas que dependiam de assistência, principalmente no que tange a lugares mais longínquos, sobretudo nessa região e em anos passados, cuja acessibilidade era difícil.

De acordo com Capiberibe (2002), as parteiras foram e ainda são mulheres humildes com idade entre dezoito e oitenta anos e a maioria sem estudo. Apesar disso, desenvolvem o dom de partejar por herança de suas ancestrais desde o tempo em que viviam nas senzalas e eram obrigadas a se virar sozinhas. Destarte, por necessidade preservam e mantêm conhecimentos que são passados de geração em geração, atuando em locais em que há extrema falta de médicos e condições de locomoção para hospitais. Mulheres que viajavam a pé, arriscam em rios, igapós, igarapés e enfrentam os desafios da natureza. Aonde vão, há sempre uma visita a gestante que espera pelo dom da imposição de mãos, pelas rezas e cantos que fortalecem o espírito e suprem a falta de assistência à saúde.

Assim, a participação e atuação de Mãe Xanda marca a história do município de Lafaiete Coutinho com o ofício de partejar exercido por quase cinco décadas. Conta-se que na região, não havia estradas em condições de tráfego, por isso sua função era ajudar as mulheres a terem seus filhos.

Os estudos de Hall (2004) mostram o fator que contribui para a reconstrução dessa identidade é o sentimento de pertença a uma determinada cultura. Este sentimento, contribui para que o sujeito busque em seus traços culturais, sua etnia e pertença, valorizando não só a tradição, mas a cultura local. Nesse sentido, Mãe Xanda construiu sua identidade nas relações étnicas e nas formas de luta e resistência que se expandiu na região.

CONSIDERAÇÕES

Este estudo demonstra que o ato de partejar exercido por Mãe Xanda durante décadas no distrito de Três Morros, permitiu construir sua identidade de mulher negra, parteira que deixou um legado para a população, mas nem por isso, saiu da invisibilidade e foi reconhecida por um trabalho de relevância social, a não ser entre grupos populares.

A investigação apresenta relevância social, por que se propõe reconstituir pelas memórias da comunidade, de mulheres, a história para não cair no esquecimento. Nesse sentido, ressalta-se que a preservação das memórias da população é de fundamental importância para o seu desenvolvimento e manutenção, os registros dos feitos históricos e da cultura local é primordial para a reafirmação da identidade de um povo. Criou formas de resistência, voltou a sua comunidade e lá ficou até o final de sua vida.

Há que se pensar que mulheres como Mãe Xanda, aprenderam naturalmente e com a prática o trabalho de partejar em condições precárias, desenvolveram técnicas de parto natural e se destacaram entre as comunidades rurais. Destaca-se a paciência para atender à necessidade de que o parto fosse normal, considerando que não havia outras possibilidades pela total ausência de médicos, falta de hospitais, estradas vicinais sem condições de tráfego, carência de meios de transporte e, sobretudo, falta de ferramentas, instrumentos e até medicamentos. O parto e nascimento domiciliar, assistidos por parteiras como Mãe Xanda, ainda é muito comum, principalmente na região Nordeste, sobretudo em espaços rurais.

REFERÊNCIAS

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2- Alberti, V. (1990). História oral: a experiência do CPDOC. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. [ Links ]

3- Barth, F. (1997). Grupos Étnicos e suas Fronteiras. En P. Poutignat y J. Streiff-Fenart, Teorias da etnicidade. Seguido de grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth (s/p). Tradução Elcio Fernandes. São Paulo: UNESP. [ Links ]

4- Capiberibe, J. (2002). Os Anjos da Floresta. En L. Jucá y N. Moulin (org.), Parindo um mundo novo: Janete Capiberibe e as Parteiras do Amapá (p. 21). São Paulo: Cortez. [ Links ]

5- Hall, S. (2004). A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A. [ Links ]

6- Halbwachs, M. (2006). A memória coletiva. São Paulo: Centauro. [ Links ]

7- Hobsbawm, E. y Ranger, T. (1984). A invenção das Tradições. Rio de Janeiro: Paz e Terra. [ Links ]

8- Laraia, R. de B. (2001). Cultura: um conceito antropológico. 14ª ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. [ Links ]

9- Le Goff, J. (1990). História e memória. Campinas: UNICAMP. [ Links ]

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11- Ortiz, R. (2006). Cultura brasileira e identidade nacional. São Paulo: Brasiliense. [ Links ]

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14- Zoboli, E. L. C. P. (2004). A redescoberta da ética do cuidado: o foco e a ênfase nas relações. Revista da Escola Enfermagem da USP, 38(1), 21-27. [ Links ]

Recebido: 01 de Fevereiro de 2021; Aceito: 01 de Junho de 2021

* Autor para correspondencia: pnogueirasilva@yahoo.com.br

1A ética do cuidar pressupõe uma obrigação sem discussão para as mulheres e configura-se no dever de cuidar, como se elas fossem responsáveis por cuidar do outro, enquanto para os homens seria a ética da justiça, ou seja, o cuidado como um dever meramente de respeito às pessoas protegendo-as de qualquer interferência em sua autonomia ou nos direitos à vida e à auto-realização. (Zoboli, 2004)

Los autores declaran que no existen conflictos de intereses

Paulo Roberto Nogueira Silva: concibió la idea principal del trabajo y se encargó de la escritura del artículo

Maria de Fátima A. Di Gregorio: concibió la idea principal del trabajo y se encargó de la escritura del artículo

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