SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.33Uso de las tecnologías de la información y las comunicaciones para el autoaprendizaje en estudiantes de ciencias médicas durante la pandemia de COVID-19Análisis bibliométrico y mapeo de publicaciones internacionales sobre cortisol salival (1960-2019) índice de autoresíndice de materiabúsqueda de artículos
Home Pagelista alfabética de revistas  

Servicios Personalizados

Revista

Articulo

Indicadores

  • No hay articulos citadosCitado por SciELO

Links relacionados

  • No hay articulos similaresSimilares en SciELO

Compartir


Revista Cubana de Información en Ciencias de la Salud

versión On-line ISSN 2307-2113

Rev. cuba. inf. cienc. salud vol.33  La Habana  2022  Epub 30-Jun-2022

 

Artículo original

Coleta on-line de dados em pesquisa qualitativa sobre Educação Permanente em Saúde no Brasil: um estudo metodológico

Recopilación de datos on-line en investigación cualitativa sobre Educación Permanente en Salud en Brasil: un estudio metodológico

On-line data collection in qualitative research on Permanent Education in Health in Brazil: a methodological study

Larissa Cristina Magalhães1  * 
http://orcid.org/0000-0002-3520-1772

Edna Aparecida Barbosa de Castro1 
http://orcid.org/0000-0001-9555-1996

Daniele Knopp Ribeiro1 
http://orcid.org/0000-0002-7302-2601

Denise Barbosa de Castro Friedrich1 
http://orcid.org/0000-0002-3321-1707

1Universidade Federal de Juiz de Fora. Minas Gerais, Brasil.

RESUMO

Objetivou-se analisar a coleta de dados on-line em uma pesquisa qualitativa sobre Educação Permanente em Saúde. Estudo metodológico sobre a coleta de dados com roteiro com questões abertas, difundido pela Internet para 28 Superintendências e/ou Gerências Regionais de Saúde do estado de Minas Gerais, Brasil. A análise das respostas de 40 trabalhadores que atuam na gestão de projetos e de programas de saúde ocorreu pela Análise de Conteúdo Temática. O foco foi para a resposta sobre a experiência de participar de pesquisa qualitativa remotamente, respondendo um instrumento on-line. A coleta de dados on-line atingiu diferentes profissionais, das regiões de saúde do estado; instigou-lhes reflexões sobre o cotidiano dos serviços e permitiu o alcance dos objetivos da pesquisa qualitativa, obtendo-se a análise da visão de gestores de saúde sobre a Política de Educação Permanente e das limitações que estes encontram para aplicá-la na gestão. Participantes com acesso à Internet e destreza no manuseio de tecnologias de informação consideraram a experiência de responder à pesquisa remotamente rápida e fácil. Embora responder questões abertas on-line demande tempo e elimine a interação presencial pesquisador-participante, possibilita coletar dados com participantes distantes e significativos à análise de questões sobre políticas públicas em vasta extensão territorial.

Palavras-chave: coleta de dados; pesquisa qualitativa; metodologia; acesso à Internet; educação continuada

RESUMEN

El objetivo fue analizar la recolección de datos en línea en una investigación cualitativa sobre Educación Permanente en Salud. Estudio metodológico sobre recolección de datos con un guion de preguntas abiertas, difundido por Internet a 28 Superintendencias y/o Gerencias Regionales de Salud en el estado de Minas Gerais, Brasil. El análisis de las respuestas de 40 trabajadores que laboran en la gestión de proyectos y programas de salud se realizó a través del Análisis de Contenido Temático. La atención se centró en responder la experiencia de participar en una investigación cualitativa de forma remota, respondiendo a un instrumento en línea. La recolección de datos en línea llegó a diferentes profesionales de las regiones de salud del estado; instigó reflexiones sobre la cotidianidad de los servicios y permitió el logro de los objetivos de la investigación cualitativa, se obtuvo un análisis de la visión de los gestores de salud sobre la Política de Educación Permanente y las limitaciones que encuentran para aplicarla en la gestión. Los participantes con acceso a Internet y habilidades en el manejo de tecnologías de la información, consideraron que la experiencia de responder a la encuesta de forma remota es rápida y fácil. Si bien responder a preguntas abiertas en línea lleva tiempo y elimina la interacción cara a cara investigador-participante, permite recolectar datos con participantes distantes y significativos en el análisis de preguntas sobre políticas públicas en un vasto territorio.

Palabras clave: recolección de datos; investigación cualitativa; metodología; acceso a Internet; educación continua

ABSTRACT

The objective was to analyze the online data collection of a qualitative research on permanent education in health. A methodological study about the data collection with an open questions script, distributed online to 28 Superintendencies and/or Minas Gerais, Brazil state Regional Health Managements. The analysis of the answers from 40 workers who act in project and health programs management was done through Thematic Analysis. The focus was on the answer to the question about the experience of participating in a remote qualitative research, answering an online instrument. The data collection reached different professionals from different health regions of the state; it instigated them reflections around their service daily routine and allowed reaching the qualitative research goals, acquiring the analysis of managers point of view over the Permanent Education in Health and the limitations they faced when applying it in their management. Participants with Internet access and experience in handling information technologies found the experience of answering the research remotely to be fast and easy. Although answering open questions online demands time and rules out the researcher-participant face to face interaction, it allows distant participants to contribute with significant data collection to the analysis of questions about public politics in vast territorial extensions.

Keywords: data collection; qualitative research; methodology; Internet access; education continuing

Introdução

Uma característica vital de pesquisas com abordagens qualitativas é a inseparabilidade dos fenômenos do seu contexto de ocorrência. São os significados, opiniões e percepções contextualizadas, emanadas dos participantes que permite a compreensão almejada. É a validade interna que traduz as especificidades da questão pesquisada e não a generalização estatística. Sua contribuição para a construção do conhecimento tem sido considerada inegável por agregar descrição detalhada, análise em profundidade e compreensão de fenômenos, mobilizando-se o conhecimento, a transferibilidade crítica pela desconstrução e reconstrução, permitindo, assim a generalização analítica.1

No contexto da saúde, transformações na pesquisa qualitativa visam melhor revelar conhecimentos sobre transições e processos, promovendo, dentre outros aspectos, a corresponsabilização na gestão da saúde. Além disso, instiga a criatividade dos investigadores na busca de resposta “aos desafios da ‘transferência’ de conhecimento aos consumidores finais (profissionais) e para os beneficiários (clientes dos cuidados), garantindo que a pesquisa é alicerçada nas necessidades da prática”.2

Os instrumentos de coleta de dados em pesquisa qualitativa possuem caráter de roteiro, visam compreender as perspectivas dos participantes da pesquisa e possuem poucas questões, sendo um guia para a realização das entrevistas. Roteiro pode ser aberto, contendo questões disparadoras ou semiestruturado, como o elaborado para esta pesquisa, considerando vários indicadores essenciais, pré-estabelecidos e suficientes para atender a amplitude das informações esperadas.3

A adaptação de técnicas tradicionais de coletas de dados com o uso da Internet tem se mostrado oportuna por reunir vantagens econômicas; otimização do tempo; enriquecimento das informações e obtenção de contato com grupos relevantes ao estudo do fenômeno que são de difícil acesso geográfico.4

Tem se justificado, no âmbito das vantagens econômicas, pela redução de custos com entrevistadores; impressão de instrumentos; digitação e com o deslocamento do entrevistador e, no que se refere ao aproveitamento do tempo, pela possibilidade de se realizar a pesquisa de forma mais rápida, em diferentes localidades, segundo a conveniência do entrevistado e sem a interferência dos entrevistadores.5,6

Destaca-se que a Internet está disponível somente para 69,8% dos brasileiros com 10 anos ou mais, todavia, como ferramenta de investigação proporciona acesso rápido à informação, possibilita a otimização do tempo do pesquisador no levantamento de referências, de coleta e de análise dos dados e reduz barreiras entre o pesquisador e os participantes.4,7

Outra vantagem é que a Internet, enquanto recurso de pesquisa reduz barreiras entre o pesquisador e os participantes e cada vez mais tem se tornado acessível aos diferentes segmentos populacionais. Embora esteja disponível para 69,8% dos brasileiros com 10 anos ou mais é preciso considerar que os 30% sem acesso à Internet pode ser uma limitação para a coleta de dados remota. Algumas desvantagens sobe o uso de instrumento on-line devido seria a de não se perceber linguagens verbal do entrevistado; a inexistência de espontaneidade e de autenticidade das respostas; o risco de o entrevistado perder o foco com realização de outras tarefas e a pouca informação sobre o perfil do entrevistado.4,7

A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), propõe ações de Educação Permanente em Saúde (EPS) como possibilidade de reflexão aos trabalhadores, sobre seus conhecimentos e sobre o processo de trabalho, contribuindo para a transformação e a qualificação das práticas de serviço.8,9,10

Pesquisas qualitativas sobre a aplicabilidade desta política por gestores de saúde, para avaliação ou compreensão das limitações que estes encontram para aplicá-la na gestão são onerosas, demandando tempo e investimentos em preparo, viagens de entrevistadores e pesquisadores, sobretudo por se localizarem em polos regionais de vastos territórios estaduais. Justifica-se, portanto, a realização de pesquisa qualitativa sobre este fenômeno adotando-se a coleta de dados remota com acompanhamento e minimização das ocorrências que distanciassem do propósito da abordagem qualitativa adotada. Justifica-se, também, obter a experiência dos participantes ao responder o roteiro de entrevista pela Internet, analisá-la no contexto metodológico adotado, para que se possa validar o seu uso em futuras pesquisas.

Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a coleta de dados on-line numa pesquisa qualitativa sobre Educação Permanente em Saúde com gestores de saúde das Superintendências e/ou Gerências Regionais de Saúde de Minas Gerais - Brasil.

Método

Este estudo metodológico originou de uma pesquisa com abordagem qualitativa, descritiva, escolhida por permitir compreender, interpretar e descrever o processo de coleta de dados remoto, pelos significados, motivos, aspirações, crenças, valores implícitos à experiência de gestores de saúde em responder o instrumento on-line.11

O cenário pesquisado foram as 28 Superintendências e/ou Gerências Regionais de Saúde do estado de Minas Gerais (SRS/GRS), contexto de trabalho dos 40 profissionais de saúde participantes, todos com nível de formação superior, atuando na gestão de projetos e programas desenvolvidos junto à Atenção Primária à Saúde (APS) de municípios compreendidos na área de abrangência destas instâncias.

O roteiro de coleta de dados, semiestruturado, elaborado pelos pesquisadores para ser disponibilizado via Internet pela plataforma Google Forms12 foi subdividido em três seções: 1) caracterização dos participantes; 2) compreensão e aplicação da temática ao objeto do estudo; 3) análise do roteiro. Antes da submissão aos participantes, o mesmo passou por avaliação de especialistas na área, incluído pesquisadores e membros coordenadores da Superintendência de Gestão de Pessoas da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES/MG). Estes, após as análises, apresentaram sugestões de alteração na versão inicial do instrumento, que depois de revisado foi validado por meio do envio a cinco participantes de uma mesma SRS/GRS, ocasionando alterações em questões da segunda seção.

O quadro 1mostra a versão final do instrumento on-line enviado aos participantes:

Quadro 1 Instrumento para Coleta on-line de dados para Pesquisa Qualitativa sobre Política de Educação Permanente em Saúde 

Educação permanente como dispositivo de gestão do sistema único de saúde
Primeira seção

  • i. Identificação dos participantes

    • Nome completo*

    • E-mail*

    • Sexo: Masculino ou Feminino *

    • Idade*

    • SRS/GRS que atua *

  • ii. Formação acadêmica

    • Área de formação da graduação: *

    • Ano de conclusão: *

    • Natureza da Instituição em que concluiu a graduação: Pública ou Privada*

    • Possui Pós-Graduação? Sim ou não*

    • Se sim, especifique: Lato sensu ou Stricto sensu

    • Caso se aplique, cite a especialidade e a data de formação.

    • Natureza da instituição de conclusão da Pós-Graduação: Pública ou Privada.

    • Aponte, pelo menos, 1 curso complementar que você já tenha feito, o qual esteja correlacionado com a sua prática profissional:

    • Exemplo: Nome/Proposta do curso seguido da Data de Início e a Data de conclusão. Cite até três cursos.

    • Realizou nos últimos 3 ANOS, algum curso de atualização cuja temática relacionada com o processo de GESTÃO em seu ambiente de trabalho? Sim ou não*

    • Se sim, especifique: Exemplo: Nome/Proposta do curso seguido da Data de Início e a Data de conclusão.

  • iii. Atuação Profissional

    • Setor de atuação na SRS/GRS: *

    • Função/Cargo em que atua: *

    • Tempo de atuação nesta função/cargo: *

    • Relate aqui experiências prévias que julgue relevantes para a sua carreira profissional:

Segunda seção

  • iv. Instrumento

    1. O que você compreende por educação permanente em saúde? *

    2. Em seu contexto de trabalho, quais ações de educação permanente em saúde são realizadas? Para quem essas ações são direcionadas? *

    3. Quais são os principais desafios que você identifica para a implementação e consolidação da Educação Permanente em seu ambiente de trabalho? *

    4. Quais são os principais desafios que você identifica para a implementação e consolidação da Educação Permanente nos territórios e nos municípios de sua abrangência? *

    5. O que você compreende por gestão em saúde? *

    6. Como a gestão em saúde se aplica em sua realidade cotidiana de trabalho? *

    7. Como sua formação profissional, contribui para a aplicabilidade dos conceitos acima, em sua prática cotidiana? *

    8. Em seu trabalho, você desenvolve ações direcionadas aos profissionais da Atenção Primária da Saúde? Sim ou não*

    9. Se sim, quais seriam?

    10. Na sua opinião, como a Educação Permanente, pode contribuir enquanto dispositivo de gestão do SUS? *

    11. Caso ache necessário, use livremente este espaço, para abordar algum assunto ou situação relacionada à temática desta pesquisa que não tenha sido retratado nas perguntas acima.

Terceira seção

  • v. Avaliação do instrumento

    • Para você, como foi responder este instrumento on-line? *

    • Você acredita que instrumentos como este, pode facilitar o desenvolvimento de pesquisas científicas realizadas em localidades variadas? *

    • Quais as vantagens e as limitações, identificadas por você, neste instrumento? *

    • Você incluiria alguma questão neste formulário? Se sim, especifique qual. *

  • Caro(a) participante, desde já agradecemos a sua colaboração nesta pesquisa!

  • *Perguntas de resposta obrigatória

Fonte: Elaborado pelas autoras

À disponibilização do instrumento via Internet, forneceu-se aos participantes orientações tutoriais, dentre as quais, que o mesmo deveria inserir ao menos uma letra no espaço reservado para a resposta de cada questão.

Neste artigo, analisaremos a terceira seção, composta por quatro questões, nas quais os participantes descreveram como foi participar remotamente da pesquisa e sugeriram alterações para o aperfeiçoamento do instrumento. Além do presente estudo, Lima et al.13) também compartilham resultados a partir do uso desse mesmo instrumento.

O acesso aos possíveis participantes iniciou-se com a apresentação da pesquisa para membros coordenadores da Superintendência de Gestão de Pessoas da Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, que, após a análise acerca de sua viabilidade e liberação, providenciou a distribuição do link do instrumento via e-mail institucional às 28 GRS/SRS de Minas Gerais e estas o encaminharam a 151 trabalhadores de saúde a elas vinculados. Definiu-se o período de seis meses para o retorno das respostas, o que ocorreu de outubro de 2018 a abril de 2019. A saturação dos dados ocorreu com 40 retornos, não sendo necessário estimular novas participações, considerando-se esse conjunto de dados obtidos como o corpus da pesquisa.

Conforme critérios prévios foram incluídos trabalhadores de saúde com nível de formação superior, contratado ou efetivo, atuante na gestão de projetos e programas desenvolvidos junto à APS, nos municípios compreendidos na área de abrangência das SRS/GRS estudadas, exceto no caso de o trabalhador estar em férias ou licença no período de coleta de dados, sendo este o critério de exclusão da pesquisa.

Seguiu-se a orientação metodológica da Análise de Conteúdo14 para o processamento analítico das informações e, dada a especificidade do instrumento on-line conter questões abertas, optou-se pela modalidade temática, utilizando-se de técnicas de análise de comunicação e de inferências para alcançar a interpretação das diferentes fontes do conteúdo.

Assim, seguindo os procedimentos propostos por esta modalidade, organizou-se a análise do conteúdo em três fases: a pré-análise, na qual ocorreu a exploração do material, o tratamento, inferência e interpretação. Primeiro, visando preparar o material a ser propriamente analisado, organizou-se o material coletado, e por meio de leitura flutuante deu-se o início do contato direto e intenso com o mesmo, retomando os objetivos iniciais da pesquisa. Na segunda fase, imergiu-se na exploração do material, de forma a codifica-lo, decompondo e enumerando o corpus em seis unidades de registro (UR), contexto e posteriormente nas três categorias. Este procedimento de análise possibilitou a identificação dos temas (itens de significação) presentes numa unidade de codificação previamente determinada, sendo que sua presença e/ou frequência possibilitou a interpretação qualitativa pretendida. Na terceira fase, os resultados foram sintetizados e analisados conforme os significados encontrados e o referencial teórico, realizando-se inferência e interpretação.14

Em consonância aos preceitos éticos previstos em legislação nacional, o Projeto desta pesquisa foi submetido a um Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos e, somente após a aprovação a pesquisa foi realizada. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Suas respostas foram tratadas de forma anônima, e citadas trocando-se seus nomes pela letra "I", de instrumento, seguida de numerais conforme a ordem de resposta, a exemplo de "I01; I02; I03".

Resultados

Dos 151 instrumentos on-line 26% (40) foram respondidos, em relação às SRS/GRS houve participação de 64% (18) das 28 incluídas. Verifica-se a predominância do sexo feminino e com idade de 31 a 40 anos. No que se refere à área de formação, os profissionais são, em sua maioria, graduados em enfermagem - seguido de odontologia e de nutrição -, concluídas em sua maioria entre 10 a 20 anos, com diferença de 5% entre instituições públicas e privadas. Observa-se ainda que 82,5% dos profissionais possuem pelo menos uma pós-graduação.

Predominaram respondentes do sexo feminino (82,5%) e a idade variou entre 31 e 40 anos. No que se refere à área de formação, a maioria era graduada em enfermagem (57,5%), seguindo-se os formados em odontologia (10%) e nutrição (7,5%). O tempo de formação variou entre 10 a 20 anos, com diferença de 5% entre instituições públicas e privadas. Dentre os profissionais participantes, 82,5% possuem pelo menos uma pós-graduação.

O quadro 2 apresenta as Categorias segundo as Unidades de Registro identificadas:

Quadro 2 Categorias analíticas segundo unidades de registro 

Categorias Unidades de registro (UR)
1 Compreensões sobre o instrumento de coleta de dados on-line.

  • Facilidade e rapidez no preenchimento

  • Alcance dos participantes

  • Dificuldades

2 Repercussões da utilização do instrumento de coleta de dados on-line para a EPS. Oportunidade de reflexão sobre o cotidiano do serviço.
3 Tópicos sugeridos para a construção de instrumentos de coleta de dados on-line direcionados para EPS.

  • Fortalecimento e condução

  • Financiamento

Fonte: Elaborado pelas autoras

Compreensões sobre o instrumento de coleta de dados on-line

Um importante achado desta pesquisa refere-se ao grau de dificuldade dos participantes em responder ao instrumento de coleta de dados on-line, tendo sido o mesmo considerado acessível e ágil, o que possibilitou o amplo alcance de profissionais. A falta de interação do participante com o pesquisador, as eventuais dúvidas na compreensão das questões e o tempo despendido para responder, surgiram como limitações.

UR: Facilidade e rapidez no preenchimento

Facilidade e rapidez no preenchimento são características positivas extraídas, considerando-se a experiência dos participantes ao responderem on-line o roteiro de entrevista.

Foi fácil a plataforma é dinâmica, rápida e autoexplicativa (I01).

Muito interessante mais rápido (I10).

Sim, por ser um instrumento prático, de respostas rápidas (I05).

Prático e objetivo (I31).

UR: O alcance dos participantes

Reconheceu-se o potencial do instrumento para obtenção de amplo alcance de profissionais participantes.

Acredito que sim pela amplitude de pessoas que podem ser acessadas por um formulário eletrônico (I05).

Sim, com certeza. Principalmente no alcance dos profissionais (I38).

Sim, devido ao fácil acesso (I20).

Como vantagem vejo a facilidade de responder, não ter a necessidade de agendar horários e o número de pessoas que se pode alcançar [...] (I01).

UR: Dificuldades

A UR revela os tipos de dificuldades encontradas ao responder o instrumento on-line:

[...] como limitação, penso que em alguns momentos é importante a interação com o pesquisador, para se buscar uma melhor compreensão de algumas indagações (I01).

[...] como limitação, o surgimento de eventuais dúvidas em alguma questão (I20).

[...] a limitação é a extensão do questionário, que leva um tempo para preencher (I24).

[...] A única limitação foi a extensão do instrumento, mas entendo que é necessário (I32).

Repercussões da utilização do instrumento de coleta de dados on-line para a EPS

Os participantes consideraram que responder o instrumento on-line possibilitou-lhes a reflexão sobre a rotina do serviço nas GRS/SRS.

UR: Oportunidade de reflexão sobre o cotidiano do serviço

Esta UR traz à tona o potencial reflexivo do instrumento on-line. Para os participantes, o mesmo lhes estimulou reflexões sobre o dia a dia do serviço:

  • Uma experiência de reflexão que geralmente não fazemos no nosso cotidiano de trabalho (I12).

  • Foi uma oportunidade de parar um pouco para refletir sobre as ações que realizo (I24).

  • De suma importância para auxiliar no esclarecimento de como acontece, na prática, a educação permanente (I35).

  • Foi bom para refletir sobre as práticas de trabalho (I37).

Tópicos sugeridos para a construção de instrumentos de coleta de dados on-line direcionados para EPS

A categoria apresenta temáticas que os participantes julgaram relevantes na construção de instrumentos on-line para pesquisas sobre EPS. Ressalta-se que 75% dos respondentes da pesquisa não apresentaram sugestões para a construção do instrumento.

UR: Fortalecimento e condução

Para os participantes, questões sobre o Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em Saúde no Sistema Único de Saúde (PRO EPS-SUS) e sobre as Comissões Permanentes de Integração Ensino-Serviço (CIES) devem ser incluídas no instrumento:

  • Qual a importância do PROEPS SUS para o desenvolvimento das ações de Educação Permanente, se houve alguma mudança por parte dos gestores [...] (I13).

  • Como são as ações desenvolvidas pela CIES - Comissão de Integração Ensino-Serviço na sua unidade regional (I38).

UR: Financiamento

O financiamento de ações de EPS surgiu como uma das preocupações dos participantes, sugerindo-se a inclusão questões sobre os recursos financeiros:

  • Da portaria de recursos financeiros (I10).

  • Você é remunerado para executar ações específicas de EPS, como oficinas e rodas de conversas? (I27).

Discussão

Ao emitirem uma avaliação sobre a experiência que tiveram em responderem remotamente uma pesquisa qualitativa na própria área de atuação, os profissionais citaram “facilidade e rapidez” no preenchimento, entretanto, listaram as dificuldades percebidas, destacando-se a falta de interação com pesquisadores, o surgimento de dúvidas em determinadas questões, e ainda o instrumento ser extenso e demandar dedicação de tempo. São riscos a serem enfrentados evitando-se que as respostas coletadas com instrumentos on-line tenham pouca profundidade e os respondentes manifestem dificuldade em se expressar.15,16

Muitos dos aspectos citados poderiam ser minimizados disponibilizando-se um canal de contato entre os participantes e pesquisadores para esclarecimentos, haja vista que o fornecimento de um tutorial detalhado do que se espera em cada questão poderia emitir influências diretivas e interferir na espontaneidade das respostas. No entanto, é importante ressaltar que nesta pesquisa foi disponibilizado um e-mail de contato para o esclarecimento de dúvidas e envio de sugestões sobre o instrumento on-line aos pesquisadores, entretanto este canal não foi acionado pelos participantes.17

Outras formas de contato entre participantes e pesquisadores, além do e-mail, poderia ser o fornecimento de número de telefone, aplicativos de comunicação. Além destes, um portal interativo da pesquisa e/ou a disponibilização de vídeos curtos com a imagem dos pesquisadores e a explanação de eventuais dúvidas poderiam despertar o interesse dos participantes sobre a mesma e motiva-los a considerarem sua participação.17

Embora possam gerar novos encargos técnicos para os pesquisadores, estratégias metodológicas, disponibilizadas on-line poderiam melhorar a transparência da pesquisa, fornecer atualizações oportunas contribuindo para ampliar o acesso a conhecimentos sobre o fenômeno e atender a necessidades de aprendizagem dos participantes, consumidores finais da pesquisa. O investimento em equipe de especialistas em criação de mídia social por universidades ou instituições de pesquisa poderia apoiar pesquisadores, contribuindo na divulgação pública de tópicos relevantes das pesquisas via

Internet, com baixas despesas e maior estímulo a potenciais participantes.17

A coleta remota de dados está mais difundida em pesquisas quantitativas e, neste contexto metodológico, considera-se que os instrumentos on-line possuem a facilidade de acesso e de navegação, possibilitam melhor compreensão e comodidade - permitindo a escolha de horário e do local mais conveniente - dos respondentes e, consequentemente, maior taxa de respostas. Além disso, eles são considerados mais organizados que as versões impressas.18,19,20

Ressalta-se, também, o entendimento explicitado quanto ao potencial de alcance do método on-line de coleta de dados, que pode tornar o estudo mais amplo do ponto de vista territorial, permitindo incluir participantes chaves de diversas localidades para a compreensão do fenômeno pesquisado.6

Assim como os outros aspectos, os relatos sobre a extensão do formulário e o tempo demandado para responder, remetem-se ao desenho da pesquisa e podem afetar diretamente a taxa de evasão dos participantes numa coleta eletrônica de dados, reforçando-se a premissa de que os roteiros em pesquisa qualitativa não devem ser longos para evitar que os participantes desistam de concluir suas respostas.17

Dados em pesquisas qualitativas são, em sua maioria, textuais, e a interpretação dos mesmos é a principal ação da pesquisa. Assim, na construção deste tipo de ferramenta é preciso considerar as limitações que incidem sobre a coleta e a análise dos dados, portanto, é indispensável a definição de estratégias para amenizar os impactos na execução de pesquisas qualitativas.21

O fornecimento do link de acesso ao instrumento pelo o e-mail institucional nesta pesquisa pode ter influenciado aos participantes responde-lo durante o período de trabalho. Este aspecto pode ser amenizado, agregando-se outros aspectos da estratégia não probabilística de bola de neve, de modo que o link de acesso possa ser também enviado e recebido por diversos meios, haja vista que pode ser mais fácil um membro do grupo conhecer outro membro motivado em contribuir com a pesquisa.22

Uma condição que se deve levar em conta em pesquisas com gestores municipais de saúde é que estão sobrecarregados com o acúmulo de funções e atividades que lhes ocupam tempo.23 No entanto, não foram encontradas pesquisas, ao exemplo desta que incluíssem profissionais que atuem em esferas regionais de gestão da saúde, expondo-se uma lacuna em estudos sobre as condições do serviço e o processo de trabalho desses profissionais para se compreender melhor se a menção à extensão e o tempo demandado relaciona-se ao cotidiano de trabalho.

A oportunidade de reflexão sobre o cotidiano do serviço foi uma relevante repercussão da utilização do instrumento on-line para coleta de dados na pesquisa sobre a EPS. Estimulou os participantes a pensarem sobre o cotidiano do serviço indo ao encontro do mais genuíno princípio da EPS, um processo de formação contínua construído pelos problemas enfrentados na realidade, pelos conhecimentos e experiências dos trabalhadores. Ela se insere nas ações e nas reflexões presentes no cotidiano e deve ser estabelecida segundo um pensamento livre, crítico e reflexivo.24,25,26,27

Ao se envolverem com as questões e investirem em elaborar remotamente as respostas que lhe sejam significativas, envolvem-se com temáticas e conhecimentos relacionados ao trabalho que realizam mediados por Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), considerada ferramenta que dinamiza e possibilita alcance dos objetivos da EPS. Isto, pois, são facilitadoras da aprendizagem e multiplicadoras do ensino, além de colaborarem para a transformação positiva dos processos de trabalho no SUS.28

Ademais, as TICs permitem ao profissional adquirir conhecimento conforme a necessidade e onde/quando julgarem necessário, o que permite maior autonomia no processo de aprendizagem.28) Colaboram com as práticas de EPS na melhoria da comunicação entre profissionais de saúde e gestores, apurando a tomada de decisão administrativa, facilitando a prática interprofissional e contribuindo com a qualificação da assistência à população.29,30

Considerando-se a conjuntura do contexto pesquisado, a análise sobre este aspecto possibilita-nos a inferência de que os participantes possuam poucas oportunidades para reflexão do cotidiano de trabalho, haja vista que uma das principais dificuldades encontradas para a efetivação da EPS é o distanciamento entre PNEPS e o trabalho dos gestores nas GRS/SRS.31) Este distanciamento pode ser justificado pela sobrecarga de trabalho, pela falta de planejamento e organização dos serviços.32

Assim, pela experiência de participação dos gestores de saúde participantes desta pesquisa, infere-se, também, que o uso de instrumentos on-line em pesquisas qualitativas sobre a EPS, quando construído nos preceitos da PNEPS, indica uma possibilidade de contribuição para a reflexão dos respondentes sobre cotidiano do serviço, colaborando para o fortalecimento da mesma na realidade a que se refere.

O financiamento da PNEPS surgiu de modo forte nas respostas como uma sugestão de item para compor um instrumento on-line sobre EPS, o que pode sinalizar a demanda de pesquisas específicas sobre este aspecto, sobretudo como a modalidade adotada influencia na concepção e prática da educação em serviço. Possivelmente a insuficiência de recursos para a implementação das ações neste âmbito da gestão seja motivo de frustrações e impedimento ao alcance dos objetivos da EPS.33 A dúvida sobre a remuneração dos servidores que executam as ações de EPS pode ser esclarecida pela Resolução nº 7076, de 03 de abril de 202034 que define que GRS/SRS possuem, dentre as competências de gestão, a função de promover e de executar ações para o desenvolvimento de conhecimentos e de habilidades do agente público, conforme as necessidades do serviço.

O estudo de Ferraz et al. (2013)35 aponta que essa incompreensão também está presente nos membros de CIES do estado de Santa Catarina, no entanto, os próprios autores indicam a Normativa do Tribunal de Contas da União que impede a remuneração de funcionários públicos nas atividades de EPS. Assim sendo, percebe-se que o assunto precisa ser levado para discussão com os profissionais, de forma a compreender qual a origem e os interesses que fundamentam essa incompreensão.

Assim, considerando a importância do PRO EPS-SUS para o fortalecimento e financiamento da PNEPS e das CIES para a condução da mesma, a inserção desses tópicos se mostra relevante para a construção de instrumentos sobre a EPS, uma vez que esses podem contribuir para a compreensão sobre as limitações e dificuldades encontradas pelos gestores para o planejamento e condução das ações de EPS - tal como possibilitar a análise do entendimento dos mesmos sobre a PNEPS.

Outras sugestões apresentadas demonstram que existe o interesse dos participantes para além do conceito e das ações de EPS: eles possuem interesse na PNEPS enquanto política pública de saúde. Isso pode ser justificado pelo fato de os participantes serem gestores de projetos e/ou de programas desenvolvidos junto à APS nas GRS e SRS, que têm como função implementar políticas de saúde, coordenar e avaliar as ações de saúde, garantindo, assim, a gestão regional do sistema estadual de saúde.36

As sugestões coletadas pelo instrumento on-line são coerentes com o processo de retomada da implementação da PNEPS, iniciado após um período de descontinuidade de repasses financeiros do MS, a partir de 2011, e culminando, em 2017, na realização de Oficinas Regionais. Essa ação contou com a participação de representantes dos estados e dos municípios que relataram as dificuldades encontradas para o fortalecimento e para a condução da política, destacando a interrupção dos repasses financeiros, da infraestrutura e do apoio logístico das CIES.33

A relação com as CIES aproxima das atribuições das GRS e SRS - implementar políticas estaduais de saúde, assessorar, coordenar e avaliar as ações de saúde - tendo em vista que as CIES são responsáveis por oferecer apoio e induzir reflexões para a elaboração da política regional de EPS, bem como auxiliar no desenvolvimento de projetos regionais de EPS.36,37

De modo a superar as dificuldades mencionadas anteriormente, criou-se o PRO EPS-SUS, objetivando recuperar o fluxo de financiamento do MS para os estados e municípios e oferecer apoio técnico e institucional. Além disso, foi proposto o fortalecimento das regiões de saúde por meio das CIES.33,38 Logo, é possível estabelecer aproximações sobre a motivação das sugestões dos participantes, mas é necessário que novas pesquisas sejam feitas considerando o impacto do PRO EPS-SUS com os itens apontados.

Dentre os respondentes, 75% dos respondentes da pesquisa não apresentaram sugestões para a construção do instrumento. Infere-se que a baixa apresentação de sugestões pode ser compreendida a partir do estudo de Gonçalves et al. (2019),33 o qual revela que grande parte dos gestores presentes nas Oficinas Regionais não entendem a relevância da EPS para a qualificação da gestão no SUS.

Conclusões

O estudo sobre a etapa metodológica de coleta de dados, na modalidade on-line em pesquisa qualitativa sobre Educação Permanente em Saúde, a partir da experiência dos trabalhadores que atuam na gestão regional de projetos e programas desenvolvidos junto à APS, encontrou que o instrumento respondido on-line foi vantajoso, de preenchimento rápido e fácil, alcançou diversos respondentes e possibilitou o alcance dos objetivos da pesquisa. Dentre as principais dificuldades citadas está a pouca interação entre o pesquisador e os participantes e a extensão do instrumento.

Com isto, este estudo propõe que à construção de roteiros de pesquisas qualitativas para coleta remota de dados via Internet, se pondere sobre a facilidade do acesso on-line, condições de uso de equipamentos eletrônicos, a flexibilidade de horário e local para o seu preenchimento.

Ademais, deve-se analisar a coesão, a objetividade e as eventuais dúvidas que possam surgir durante a redação das respostas. Além disso, é necessário considerar os possíveis desfechos que a ausência do pesquisador junto ao participante possa provocar, lançando mão de estratégias metodológicas coadjuvantes, como uso de outros canais virtuais de comunicação. Deste modo, o uso do instrumento on-line para coleta de dados se mostra promissor para realização de pesquisas qualitativas que abordem a temática da EPS junto a gestores de saúde.

Além disso, foi possível perceber que ao responder o instrumento on-line, considerado uma TICs, os participantes foram estimulados a pensar sobre o cotidiano do serviço, o que pode colaborar para o fortalecimento da EPS. Ainda, foram apresentados pelos participantes sugestões para a construção de instrumentos sobre a EPS, como, por exemplo, as que abordavam o fortalecimento, a condução e o financiamento da PNEPS. Estas propostas podem colaborar para a compreensão das dificuldades encontradas pelos gestores e para o entendimento deles sobre a PNEPS.

A pesquisa envolvendo a PNEPS, uma política que se aplica a todo o território nacional ter sido realizada com gestores das GRS e SRS de somente um estado poderia ser uma limitação. Entretanto, tratando-se de uma pesquisa qualitativa, que não pretende a generalização, seus achados podem contribuir para pesquisas sobre EPS em outras realidades e com outros públicos com acesso à Internet e uso de equipamentos eletrônicos.

Ademais, identificou-se existência de uma lacuna na literatura sobre o processo de coleta de dados remota, utilizando instrumento on line em pesquisas qualitativas sobre EPS e sobre o trabalho desses gestores, requerendo-se a continuidade das pesquisas para a compreensão desse contexto de trabalho, bem como as vantagens para pesquisa qualitativa e o uso de instrumentos on-line em outras temáticas.

Por fim, considera-se que a utilização do instrumento on-line é uma alternativa para a coleta de dados, desde que seja elaborado considerando as especificidades dos respondentes de cada estudo. Espera-se que esta pesquisa contribua para o desenvolvimento de instrumento on-line, possibilitando a realização de futuros estudos qualitativos.

Referências bibliográficas

1. Ribeiro J, de Souza DN, Costa AP. Investigação qualitativa na área da saúde: por quê? Ciência &Saúde Coletiva. 2016 [acceso 16/01/2020];21(8):2324. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.phpscript=sci_arttext&pid=S141381232016000802324&lng=pt&tlng=pt. ?Links ]

2 . Baixinho CL, Presado MH, Ribeiro J. Investigação qualitativa e transformação da saúde coletiva. Ciência & Saúde Coletiva. 2019 [acceso 16/01/2020];24(5):1582. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232019000501582&tlng=pt . [ Links ]

3. Minayo MC de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14 ed. São Paulo: Hucitec; 2014. [ Links ]

4 . Damasceno LM da S, da Silva PG, Ramos ASM, Cortez AEG, Bastos EM. Potencialidades e limitações da coleta de dados através de pesquisa online. En: Anais do XVII SEMEAD Seminários em Administração, 2014 [acceso 16/01/2020]:1-15. Disponible en: Disponible en: http://sistema.semead.com.br/17semead/resultado/trabalhosPDF/1099.pdf . [ Links ]

5 . Calliyeris VE, las Casas AL. A utilização do método de coleta de dados via Internet na percepção dos executivos dos institutos de pesquisa de mercado atuantes no Brasil. Interações (Campo Grande). 2016 [acceso 16/01/2020];13(1):11-22. Disponible en: Disponible en: https://interacoesucdb.emnuvens.com.br/interacoes/article/view/300 . [ Links ]

6. Faleiros F, Käppler C, Pontes FAR, Silva SSC, de Goes FSN, Cucick CD. Use of virtual questionnaire and dissemination as a data collection strategy in scientific studies. Texto & Contexto - Enfermagem. 2016 [acceso 16/01/2020];25(4). Disponible en:Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010407072016000400304&lng=en&tlng=en . [ Links ]

7 . Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua. 2017 [acceso 16/01/2020]. Disponible en: Disponible en: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101631_informativo.pdf . [ Links ]

8 . Moraes KG, Dytz JLG. Política de Educação Permanente em Saúde: análise de sua implementação. ABCS Health Sciences. 2015 [acceso 16/01/2020];40(3). Disponible en: Disponible en: https://www.portalnepas.org.br/abcshs/article/view/806 . [ Links ]

9. Gigante RL, Campos GWS. Política de formação e educação permanente em saúde no brasil: bases legais e referências teóricas. Trabalho, Educação e Saúde. 2016 [acceso 16/01/2020];14(3):747-63. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198177462016000300747&lng=pt&tlng=pt . [ Links ]

10. Rossetti LT, Seixas CT, de Castro EAB, Friedrich DBC. Educação permanente e gestão em saúde: a concepção de enfermeiros. Rev. pesqui cuid fundam. 2019 [acceso 16/01/2020];11(1):129-34. Disponible en: Disponible en: http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/6513/pdf_1 . [ Links ]

11. Minayo MCS, Gomes R, Deslandes SF. Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 34a ed. Petropolis: Vozes; 2015. [ Links ]

12 . Google. Google Forms. 2021 [acceso 16/01/2020]. Disponible en: Disponible en: https://www.google.com/intl/pt-BR/forms/about/ . [ Links ]

13 . Lima AKN, Ribeiro DK, Carbogim FC, Franco ECD, Silva J, Oliveira EM, et al. Educação Permanente como dispositivo de gestão do Sistema de Saúde. En: Castro LHA, Moreto FVC, Pereira TT, organizadores. Política, planejamento e gestão em saúde 3. Ponta Grossa: Atena; 2020 [acceso 23/06/2021]; p.130-43. Disponible en: Disponible en: https://www.finersistemas.com/atenaeditora/index.php/admin/api/ebookPDF/3452 . [ Links ]

14. Bardin L. Análise de Conteúdo. 1a ed. São Paulo: Edições 70; 2016. [ Links ]

15. Guedes MBOG, Lima KC, Lima AL, Guedes TSR. Validation of a questionnaire for the evaluation of informal social support for the elderly: section 1. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia. 2018 [acceso 16/01/2020];21(6):647-56. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-98232018000600647&tlng=en . [ Links ]

16. Salvador PTCO, Alves KYA, Rodrigues CCFM, Oliveira LV. Online data collection strategies used in qualitative research of the health field: a scoping review. Revista Gaúcha de Enfermagem. 2020 [acceso 16/01/2020];41:e20190297. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-14472020000100900&tlng=en . [ Links ]

17. Pang PCI, Chang S, Verspoor K, Clavisi O. The use of web-based technologies in health research participation: qualitative study of consumer and researcher experiences. Journal of Medical Internet Research. 2018 [acceso 23/06/2021];20(10):e12094. Disponible en: Disponible en: https://www.jmir.org/2018/10/e12094/ . [ Links ]

18. Monteiro AM, Gonçalves CM. Significados da Educação Superior: Versão Portuguesa do Meaning Of Education (MOE) Questionnaire. 2015 [acceso 16/01/2020];16(1):71-82. Disponible en: Disponible en: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_issues&pid=16793390&lng=pt&nrm=isoLinks ]

19 . Camargo G, Noll PRS, Bento CHP, Noll M. Informatics applied to health evaluation and promotion: online platform for filling in questionnaires. Revista Interdisciplinar de Promoção da Saúde. 2018 [acceso 16/01/2020];1(1):54. Disponible en: Disponible en: https://online.unisc.br/seer/index.php/ripsunisc/article/view/11945 . [ Links ]

20. Godinho GF, Cavalheiro A, Luís HS, Mexia R. Validação do oral impacts on daily performances para a população portuguesa. Ciência & Saúde Coletiva. 2018 [acceso 16/01/2020];23(12):4351-60. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232018001204351&lng=pt&tlng=pt . [ Links ]

21. Taquette SR. Análise de dados de pesquisa qualitativa em saúde. CIAIQ 2016. 2016 [acceso 16/01/2020];2:524-33. Disponible en: Disponible en: https://proceedings.ciaiq.org/index.php/ciaiq2016/article/view/790 . [ Links ]

22. Baldin N, Munhoz EMB. Educação Ambiental Comunitária: uma experiência com a técnica de pesquisa snowball (bola de neve). REMEA. 2012 [acceso 16/01/2020];27:46-60. Disponible en: Disponible en: https://www.seer.furg.br/remea/article/view/3193 . [ Links ]

23 . Santos SC, Esteves RZ, de Campos JJB, Ribeiro ER, Almeida MJ. A gestão do trabalho e da educação nas secretarias municipais de saúde. Revista de Saúde Pública do Paraná. 2019 [acceso 16/01/2020];2(1):31-42. Disponible en: Disponible en: http://revista.escoladesaude.pr.gov.br/index.php/rspp/article/view/211 . [ Links ]

24. Puggina CC, Amestoy SC, Fernandes HN, Carvalho LA, Báo ACP, Alves F. Educação permanente em saúde: instrumento de transformação do trabalho de enfermeiros. Espaço para a Saúde - Revista de Saúde Pública do Paraná. 2015 [acceso 16/01/2020];16(4):87. Disponible en: Disponible en: http://espacoparasaude.fpp.edu.br/index.php/espacosaude/article/view/386Links ]

25. Leite LS, Rocha KB. Educação Permanente em Saúde: Como e em que espaços se realiza na perspectiva dos profissionais de saúde de Porto Alegre. Estudos de Psicologia. 2017 [acceso 16/01/2020];22(2):203-13. Disponible en: Disponible en: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413294X2017000200009&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt . [ Links ]

26. Moreira J, Damiani A, Scussel C. Educação Permanente em Saúde na Estratégia Saúde da Família: reflexões a partir do existencialismo e da educação libertadora. Revista da FAEEBA. 2017 [acceso 16/01/2020];26(50):255-72. Disponible en: Disponible en: http://www.revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/4281/2678 . [ Links ]

27 . Cortez EA, de Almeida LP, Rego SM, Valente GSC, Araújo STC, Almeida VLA. A Educação Permanente em Saúde na atenção terciária a partir da ideologia de Paulo Freire. Cuba Salud 2018. 2018 [acceso 16/01/2020];1-6. Disponible en: Disponible en: http://www.convencionsalud2018.sld.cu/index.php/connvencionsalud/2018/paper/view/1040 . [ Links ]

28. Farias QLT, Rocha SP, Cavalcante ASP, Diniz JL, Neto OADP, Vasconcelos MIO. Implicações das tecnologias de informação e comunicação no processo de educação permanente em saúde. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde. 2017 [acceso 16/01/2020];11(4):1-11. Disponible en: Disponible en: https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/1261 . [ Links ]

29. Madeira GS, Guimaraes T, Mendes LS. Construindo governança eletrônica de cidades: Um modelo de implementação de soluções para inovação e otimização da gestão pública. Revista de Gestão dos Países de Língua Portuguesa. 2017 [acceso 16/01/2020];16(2):1-17. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S164544642017000200005 . [ Links ]

30. Uchida TH, Fujimaki M, Umeda JE, Higasi MS, Caldarelli PG. Percepção de profissionais de saúde sobre utilização de tecnologias de informação e comunicação. Revista Sustinere. 2020 [acceso 16/01/2020];8(1):4-22. Disponible en: Disponible en: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/51280 . [ Links ]

31 . Lima AKN, Ribeiro DK, Carbogim FC, Franco ECD, Silva J, Oliveira EM, et al. Educação Permanente como dispositivo de gestão do sistema de saúde. En: Política, Planejamento e Gestão em Saúde 3. Atena Editora; 2020 [acceso 16/01/2020]:130-43. Disponible en: Disponible en: https://www.atenaeditora.com.br/post-ebook/3452 . [ Links ]

32. Pinheiro GEW, Azambuja MS, Bonamigo AW. Facilidades e dificuldades vivenciadas na Educação Permanente em Saúde, na Estratégia Saúde da Família. Saúde em Debate. 2018 [acceso 16/01/2020];42(spe4):187-97. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010311042018000800187&tlng=pt . [ Links ]

33. Gonçalves CB, Pinto ICM, França T, Teixeira CF. A retomada do processo de implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde no Brasil. Saúde em Debate . 2019 [acceso 16/01/2020];43(spe1):12-23. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010311042019000500012&tlng=pt . [ Links ]

34 . Minas Gerais. Resolução SES/MG no 7076, de 03 de abril de 2020. Dispõe sobre a organização dos processos de trabalho das Superintendências Regionais de Saúde (SRS) e Gerências Regionais de Saúde (GRS). Belo Horizonte, MG; 3 abril 2020 [acceso 16/01/2020]. Disponible en: Disponible en: https://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/RESOLUÇÃO7076-PDFREPUBLICAÇÃO.pdf Links ]

35. Ferraz F, Backes VMS, Mercado Martinez FJ, Feuerwerker LCM, Lino MM. Gestão de recursos financeiros da educação permanente em saúde: desafio das comissões de integração ensino-serviço. Ciência & Saúde Coletiva . 2013 [acceso 16/01/2020];18(6):1683-93. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141381232013000600020&lng=pt&tlng=pt . [ Links ]

36. Minas Gerais. Decreto n.º 47769 de 29 de novembro de 2019. Dispõe sobre a organização da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Belo Horizonte, MG : 20 jan 2020. [acceso 16/01/2020]. Disponible en: Disponible en: https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completanovamin.html?tipo=DEC&num=47769&comp=&ano=2019&texto=consolidado . [ Links ]

37. Steyer MRP, Cadoná MA, Weigelt LD. A dimensão regional da política de educação em saúde no Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Desenvolvimento Regional. 2018 [acceso 16/01/2020];5(3):139. Disponible en: Disponible en: http://proxy.furb.br/ojs/index.php/rbdr/article/view/6018 . [ Links ]

38 . Silva CBG, Scherer MDA. A implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde na visão de atores que a constroem. - Comunicação, Saúde, Educação. 2020 [acceso 16/01/2020];24:1-15. Disponible en: Disponible en: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141432832020000100246&tlng=pt . [ Links ]

Recebido: 16 de Janeiro de 2021; Aceito: 23 de Junho de 2021

*Autor para la correspondencia: larissamagalhaes57@gmail.com

Los autores declaran que no existe conflicto de intereses.

Conceptualización: Larissa Cristina Magalhães, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Curación de datos: Larissa Cristina Magalhães, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Análisis formal: Larissa Cristina Magalhães, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Adquisición de fondos: Edna Aparecida Barbosa de Castro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Investigación: Larissa Cristina Magalhães, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Metodología: Larissa Cristina Magalhães, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Recursos: Edna Aparecida Barbosa de Castro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Supervisión: Edna Aparecida Barbosa de Castro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Validación: Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Visualización: Larissa Cristina Magalhães, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Redacción - borrador original: Larissa Cristina Magalhães, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Redacción - revisión y edición: Larissa Cristina Magalhães, Edna Aparecida Barbosa de Castro, Daniele Knopp Ribeiro, Denise Barbosa de Castro Friedrich.

Creative Commons License Este é um artigo publicado em acesso aberto sob uma licença Creative Commons