Introdução:

A primeira descrição da colite microscópica foi feita em 1976. Atualmente, agrupa três subgrupos de patologias, a colite linfocítica clássica e a colite colagenosa, o terceiro subgrupo corresponde à colite microscópica incompleta.

Objetivo:

Identificar os principais fatores associados ao desenvolvimento de colite microscópica no Hospital Geral Provincial ¨Carlos Manuel de Céspedes¨, em Bayamo, Granma, de março de 2019 a agosto de 2021.

Método:

Estudo observacional analítico de casos e controles em pacientes com 18 anos ou mais com diarreia aquosa crônica atendidos no serviço de gastroenterologia do referido hospital, onde foram estudadas as variáveis: presença de colite microscópica, idade, sexo, tabagismo, uso de medicamentos, comorbidades, dor abdominal, fadiga, incontinência fecal, perda de peso. O tamanho da amostra para estudos pareados foi determinado por meio do programa STATA 17. Para sua estimativa foram considerados: nível de confiança, poder do estudo, razão de casos e controles e Odds Ratio mínimo.

Resultados:

Não houve associação entre idade acima de 50 anos e probabilidade de apresentar colite. O sexo feminino prevaleceu (62,5%). Do total de pacientes com colite microscópica (n=16), 62,5% fumavam. A OR obtida indicou que pacientes tabagistas apresentam risco 2,5 vezes maior. O diabetes mellitus foi significativamente associado ao diagnóstico de colite microscópica e aumentou o risco em cinco vezes.

Conclusões:

Existe relação entre sexo feminino, tabagismo, diabetes mellitus, colecistectomia, consumo de três ou mais medicamentos e incontinência fecal com a presença de colite microscópica.

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